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Partido responsabiliza Israel e aliados ocidentais pelo agravamento da tensão e apela à paz e ao reconhecimento do Estado da Palestina.


O Partido Comunista Português (PCP) condenou esta sexta-feira a ofensiva militar de Israel contra o Irão, considerando-a uma grave escalada no conflito no Médio Oriente, e exigiu ao Governo português que assuma uma posição firme de condenação.

Num comunicado enviado à imprensa, o PCP afirma que a operação militar israelita representa “mais um passo na política de agressão e desestabilização promovida por Telavive com o apoio dos EUA, Reino Unido e União Europeia”.

“O PCP considera da maior gravidade e condena veementemente a agressão de Israel ao Irão, na sequência de diversas provocações e ataques, do genocídio do povo palestiniano e da ocupação militar de territórios no Líbano e na Síria”, lê-se na nota.

O partido liderado por Paulo Raimundo exige que o Governo português, liderado por Luís Montenegro, “condene esta escalada de guerra e exija o seu fim imediato”, sublinhando o papel das grandes potências ocidentais como cúmplices na violação do Direito Internacional e na perpetuação da instabilidade na região.

Além da crítica ao conflito em curso, o PCP apelou à participação na manifestação marcada para a próxima terça-feira, em Lisboa, em defesa do fim do genocídio palestiniano, do reconhecimento do Estado da Palestina e da paz no Médio Oriente.

A ofensiva israelita ocorreu na madrugada desta sexta-feira, com bombardeamentos dirigidos a instalações militares e nucleares no Irão, provocando várias dezenas de mortos, entre eles altos quadros militares e civis iranianos. A operação mobilizou cerca de 200 aviões de combate e atingiu alvos estratégicos em Teerão e Natanz.

O Governo de Israel já anunciou que a operação irá continuar, enquanto as autoridades iranianas prometeram uma resposta “sem limites” aos ataques.