Zona euro regista aumento de 3,4% nos custos horários do trabalho. Portugal fica acima da média europeia, mas longe dos maiores crescimentos.

Os custos horários do trabalho aumentaram 4,0% em Portugal no primeiro trimestre de 2025, em comparação com o mesmo período do ano anterior, segundo dados divulgados esta segunda-feira pelo Eurostat. Este valor coloca Portugal acima da média da zona euro (3,4%) e ligeiramente abaixo da média da União Europeia (4,1%).

As duas principais componentes do custo do trabalho — salários e vencimentos e custos não salariais (como contribuições sociais) — registaram subidas semelhantes no espaço da moeda única, ambas na ordem dos 3,4%. Na UE, os salários/hora aumentaram 4,2% e os custos não salariais subiram 3,8%.

Crescimentos mais acentuados no Leste europeu

Alguns países do leste da Europa registaram subidas muito mais acentuadas. A Roménia lidera com uma subida de 16,1%, seguida da Croácia (13,5%), Bulgária (13,0%), Polónia (11,2%) e Hungria (10,2%). A Eslovénia destaca-se com um aumento idêntico ao da Roménia, de 16,1%.

Por outro lado, os menores aumentos foram registados em Malta (1,6%), França (1,9%) e Alemanha (2,8%).

O crescimento moderado de Portugal está em linha com o comportamento de outras economias da Europa Ocidental, embora sinalize uma pressão crescente sobre os custos laborais, o que poderá ter reflexos na competitividade e nos preços finais ao consumidor.