Loai Al-Zoubaidi, cidadão iraquiano considerado perigoso, foi movido do Estabelecimento Prisional de Braga para Paços de Ferreira depois de alegar perseguição e temer pela vida.
Foi transferido para a ala de alta segurança do Estabelecimento Prisional de Paços de Ferreira o detido responsável pelos recentes ataques ao Comando Distrital da PSP de Braga e ao carro de serviço do comandante interino, o intendente Sérgio Lopes Soares
O suspeito, Loai Hafeth Ismail Al-Zoubaidi, de 28 anos, é de nacionalidade iraquiana e terá iniciado uma greve de fome, alegando estar a ser perseguido pela CIA e temendo ser assassinado dentro da prisão. Por este motivo, recusava-se a passar por zonas com câmaras de videovigilância.
Considerado altamente perigoso pelas autoridades, Al-Zoubaidi foi transferido da cadeia de Braga, onde inicialmente se encontrava detido, para a unidade prisional de alta segurança.
Ataques contra a PSP de Braga
Tudo começou com o incêndio criminoso do carro de serviço do comandante interino da PSP de Braga, estacionado a escassos 20 metros da entrada da 1.ª Esquadra — que funciona 24 horas por dia. O ataque foi realizado durante a noite, permitindo ao agressor fugir sem ser identificado de imediato.
No dia seguinte, regressou ao local e, de forma violenta, partiu os vidros de um carro-patrulha e de uma janela da esquadra. Durante o confronto com os agentes, esfaqueou de raspão um chefe da PSP, usando uma faca de grandes dimensões.
Acusado mas não por tentativa de homicídio
Apesar da gravidade do ataque, Al-Zoubaidi não foi acusado de tentativa de homicídio, mas sim dos crimes de:
- Ofensa à integridade física qualificada;
- Ameaça agravada;
- Dano qualificado;
- Posse de arma proibida.
Esta classificação penal gerou indignação entre os agentes da PSP, que consideram que o ataque à faca contra um graduado deveria ter sido enquadrado como tentativa de homicídio.
Investigação a cargo da PSP
A investigação dos crimes não está nas mãos da Polícia Judiciária, como seria habitual em casos de maior gravidade. Em vez disso, está a ser conduzida pela Esquadra de Investigação Criminal do Comando Distrital da PSP de Braga, o que também tem sido alvo de críticas dentro das forças de segurança.