Antigo secretário-geral do PS foi alvo de averiguação preventiva após denúncias, mas o processo foi encerrado por falta de indícios de ilegalidade.
O Ministério Público (MP) arquivou a averiguação preventiva que tinha sido aberta em abril a Pedro Nuno Santos, antigo secretário-geral do Partido Socialista (PS), no âmbito da compra de dois imóveis, localizados em Lisboa e em Montemor-o-Novo.
A informação foi avançada pela CNN Portugal, que teve acesso ao despacho de arquivamento, confirmando que não foram encontrados indícios que justificassem o prosseguimento da investigação.
A Procuradoria-Geral da República (PGR) tinha justificado a abertura da averiguação com a receção de denúncias anónimas, sublinhando a necessidade de recolher elementos que permitissem apurar eventuais irregularidades nas transações.
“Na sequência da receção de denúncias e tendo em vista a recolha de elementos, o Ministério Público determinou a abertura de uma averiguação preventiva”, indicou à data fonte oficial da PGR.
Os dois imóveis estiveram anteriormente no centro de uma polémica em novembro de 2023, após a revista Sábado noticiar que Pedro Nuno Santos não teria declarado como foi financiada a compra de uma habitação de 740 mil euros. Segundo a publicação, a sua mulher terá pago 290 mil euros a pronto, sendo o restante 450 mil euros suportado por um crédito bancário, que foi amortizado em poucos meses.
Apesar do alvoroço mediático, o MP concluiu que não havia elementos suficientes para sustentar suspeitas criminais, encerrando assim o caso.