Candidato da Iniciativa Liberal lembra que proposta foi chumbada pela coligação Juntos por Braga

A proposta de transporte público gratuito para todos os residentes de Braga, apresentada por João Rodrigues, candidato da coligação Juntos por Braga (PSD/CDS-PP/PPM) às eleições autárquicas de outubro, está a gerar polémica.

Rui Rocha, cabeça de lista da Iniciativa Liberal (IL), reagiu com dureza, acusando João Rodrigues de contradizer frontalmente a posição do atual presidente da câmara, Ricardo Rio, eleito pela mesma coligação.

“Foi com estupefação que recebi a notícia da defesa pelo candidato da coligação da gratuitidade geral do transporte público. Trata-se de uma proposta que a própria coligação rejeitou recentemente, quando apresentada pelo Partido Socialista”, afirmou Rui Rocha em comunicado.

O liberal recorda que, há cerca de seis meses, a Assembleia Municipal de Braga chumbou uma proposta idêntica do PS, com a justificação de que não existiriam recursos suficientes para garantir a sustentabilidade da medida sem comprometer outras áreas de investimento municipal.

“Cedência incompreensível à esquerda”

Para Rui Rocha, esta reviravolta por parte de João Rodrigues representa “uma clivagem insuperável dentro da própria coligação” e “uma cedência incompreensível às posições do Partido Socialista”.

“A posição de João Rodrigues desrespeita a linha que o ainda presidente da Câmara defendeu”, disse, frisando que a gratuitidade total “vai no sentido errado”.

Prioridade deve ser melhorar o serviço

O candidato da Iniciativa Liberal defende uma abordagem alternativa: melhorar a frequência, fiabilidade e cobertura da rede de transportes, em vez de adotar a gratuitidade universal.

“A maioria dos bracarenses não utiliza os transportes públicos por falta de qualidade no serviço, e não por uma questão de preço”, afirmou Rui Rocha, acrescentando que recursos públicos limitados devem ser usados para otimizar o sistema e não para tornar tudo gratuito.

Rui Rocha encerra com um aviso:

“A campanha eleitoral não pode justificar propostas populistas que prejudiquem o futuro dos bracarenses por ganhos eleitorais de curto prazo.”