Ocorrência na Secundária de Maximinos já está sob investigação do Ministério Público
Na última terça-feira, um grupo de pessoas invadiu a Escola Secundária de Maximinos, em Braga, alegadamente à procura de uma aluna que estaria desaparecida. O caso, que envolveu cerca de 20 indivíduos, foi reportado ao Ministério Público, confirmou fonte da PSP à agência Lusa.
Entrada forçada e confusão no recinto escolar
De acordo com as autoridades, o grupo forçou a entrada na escola, desrespeitando as instruções da funcionária na portaria, e dirigiu-se ao interior das instalações. A Polícia de Segurança Pública foi acionada e rapidamente controlou a situação. Entretanto, a menor que motivava a busca já havia sido localizada.
Os pais da aluna e a própria jovem foram identificados pela PSP, que remeteu o caso para as autoridades judiciais.
Relatos de desordem e preocupações com a segurança
Sofia Rocha, mãe de dois alunos da escola, relatou que os invasores agiram de forma agressiva: “Entraram pontapeando caixotes, terão agredido uma funcionária e acessaram a dois pavilhões. Uma aluna teve até um ataque de pânico.”
A encarregada de educação criticou a falta de segurança na escola, apontando para os portões constantemente abertos e a ausência de policiamento. “Hoje foi isto, mas amanhã pode ser pior. Parece que querem abafar o problema”, lamentou.
Câmara e autoridades reagem
Carla Sepúlveda, vereadora da Educação da Câmara de Braga, afirmou que não há registo oficial de agressões durante o incidente, mas confirmou que a ocorrência foi comunicada à Direção-Geral dos Estabelecimentos Escolares.
A vereadora destacou que situações semelhantes não são inéditas na região, mencionando um caso recente na EB2/3 Frei Caetano Brandão, do mesmo agrupamento de escolas.
A direção do agrupamento de Maximinos foi contactada pela Lusa, mas não se pronunciou até ao momento.
Este incidente levanta novamente o debate sobre a segurança nos estabelecimentos de ensino e a necessidade de medidas preventivas para evitar situações semelhantes no futuro.