Antigo capitão portista tinha 53 anos e sofreu uma paragem cardiorrespiratória no centro de treinos do Olival

Jorge Costa, diretor de futebol do FC Porto e figura histórica do clube, morreu esta terça-feira, aos 53 anos, após sofrer uma paragem cardiorrespiratória no centro de treinos do Olival, em Vila Nova de Gaia.

De acordo com informações confirmadas, o alerta foi dado por volta das 12h30, e Jorge Costa foi assistido de imediato pela equipa médica do clube, sendo também prestado apoio com recurso a um desfibrilador. Foi depois transportado em estado crítico para o Hospital de São João, no Porto, onde viria a falecer.

Histórico capitão e símbolo dos dragões

Jorge Costa, conhecido como “O Bicho”, foi capitão do FC Porto durante mais de uma década, somando extensos títulos nacionais e internacionais ao serviço do clube. Após terminar a carreira como jogador, assumiu funções de treinador e, mais recentemente, de dirigente, ocupando o cargo de diretor de futebol dos azuis e brancos.

Problemas cardíacos anteriores

Em maio de 2022, Jorge Costa já tinha sofrido um problema cardíaco grave, que exigiu internamento e intervenção cirúrgica no Hospital de Santa Cruz, em Oeiras.

Clube e adeptos de luto

A morte de Jorge Costa representa uma perda profunda para o FC Porto e para o futebol português, onde era amplamente respeitado pela sua liderança, dedicação e contributo ao desporto.

Aguardam-se comunicações oficiais do clube e detalhes sobre as cerimónias fúnebres.

Jorge Costa (1971–2025): o eterno capitão do FC Porto

Morreu esta terça-feira, aos 53 anos, Jorge Costa, diretor de futebol do FC Porto, vítima de uma paragem cardiorrespiratória sofrida no centro de treinos do clube, no Olival. A notícia apanhou de surpresa o mundo do futebol, mergulhando o universo portista num profundo luto.

Figura incontornável da história dos dragões, Jorge Costa foi muito mais do que um jogador ou dirigente: foi um símbolo, um líder em campo e fora dele, cuja vida foi marcada por uma dedicação incondicional ao clube azul e branco.


Capitão de um clube e de uma era

Nascido no Porto em 14 de outubro de 1971, Jorge Costa formou-se nas camadas jovens do FC Porto e estreou-se na equipa principal na época 1990/91, após empréstimos ao Penafiel e Marítimo. Rapidamente se afirmou como patrão da defesa portista, impondo-se pela sua força física, leitura de jogo e, sobretudo, pela liderança. Era conhecido no balneário como “O Bicho”, pela intensidade com que vivia o jogo.

Capitão durante mais de uma década, liderou equipas que conquistaram numerosos títulos nacionais e fez parte da geração dourada que, sob comando de José Mourinho, venceu a Taça UEFA (2003) e a Liga dos Campeões (2004).

Em campo, somou 587 jogos pelo FC Porto, sendo um dos atletas mais utilizados de sempre. Ganhou 11 campeonatos nacionais, 6 Taças de Portugal, 8 Supertaças, uma Taça UEFA e uma Liga dos Campeões.


Internacional português

Ao serviço da Seleção Nacional, Jorge Costa somou 50 internacionalizações, tendo sido presença habitual entre 1996 e 2002. Esteve presente no Euro 2000, onde Portugal alcançou as meias-finais, e no Mundial 2002, embora já numa fase mais distante da titularidade.


Uma carreira após as chuteiras

Depois de pendurar as chuteiras em 2006, Jorge Costa enveredou por uma carreira como treinador, com passagens por clubes como SC Braga, Académica, Olhanense, AEL Limassol, Anorthosis, Cluj, entre outros, incluindo experiências no Médio Oriente e África. Embora nunca tenha alcançado os mesmos patamares de glória enquanto técnico, foi sempre reconhecido pelo seu profissionalismo.

Em 2022, regressou ao FC Porto como diretor de futebol, cargo que ocupava até ao momento da sua morte. Este regresso simbolizava a continuidade da ligação visceral ao clube, agora noutra função, mas com o mesmo espírito combativo.


Um homem marcado pela superação

Jorge Costa já tinha enfrentado sérios problemas de saúde. Em maio de 2022, sofreu um problema cardíaco que obrigou a uma intervenção cirúrgica no Hospital de Santa Cruz, em Lisboa. Recuperado, voltou à atividade, mantendo-se próximo do relvado e dos jogadores.


Legado e homenagem

A sua morte representa uma perda devastadora para o FC Porto, que perde um dos seus maiores embaixadores. Jorge Costa foi um jogador-modelo, um líder natural e uma referência para várias gerações de adeptos e atletas.

Ao longo da sua vida, foi admirado por colegas, adversários e treinadores, que viam nele um símbolo de entrega, garra e amor à camisola.

O seu nome está para sempre inscrito na história do clube e do futebol português.


“Nunca fui o mais técnico, nem o mais rápido, mas fui sempre o que mais quis ganhar.”
– Jorge Costa (entrevista, 2004)

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