Rui Rocha quer derrotar “os donos disto tudo” em Braga

Candidato da Iniciativa Liberal acusa Hugo Soares de tentar controlar a cidade e promete uma alternativa independente para os bracarenses.

O ex-líder da Iniciativa Liberal (IL), Rui Rocha, afirmou esta quinta-feira que a sua candidatura à Câmara Municipal de Braga é uma forma de enfrentar “os donos disto tudo”, acusando o secretário-geral do PSD, Hugo Soares, de querer “controlar” a cidade.

“É uma candidatura contra os donos disto tudo, porque Braga não tem dono — os donos de Braga são os bracarenses”, afirmou Rui Rocha durante um jantar-comício que contou com a presença da líder liberal, Mariana Leitão.

Numa autarquia governada há 12 anos pelo PSD, Rui Rocha apontou o atual candidato da coligação PSD/CDS-PP/PPM, João Rodrigues, como um dos “donos disto tudo”, a par do “aparelho do PSD”.

“Braga não é de Hugo Soares e nós vamos derrotar todos aqueles que querem controlar Braga através do aparelho do PSD”, disse o candidato liberal.

Rui Rocha criticou ainda Filipe Aguiar, candidato do Chega, por ter “aberto a porta à negociação com o PSD”, considerando que votar no Chega é “votar também nos donos disto tudo”.

Segundo o candidato liberal, “os bracarenses querem mudança” e apenas a Iniciativa Liberal está “em condições de garantir independência e transportar Braga para o futuro”.

Adotando o slogan “Braga, Capital do Norte”, Rui Rocha assumiu que o lema pode gerar divergências dentro do partido, mas reafirmou a ambição:

“Peço desculpa, Miguel Rangel, mas nós queremos ser mesmo a capital do Norte.”

Num tom mais irónico, acrescentou: “Eu amo mais Braga do que o João Rodrigues se ama a si próprio.”

Rui Rocha destacou a “campanha extraordinária” da IL, afirmando que tem sentido “um forte desejo de mudança” entre os cidadãos.

“Os bracarenses desejam um novo ciclo político e podem ter a certeza de que será liderado pela Iniciativa Liberal”, garantiu.

O candidato concluiu com críticas ao PS, acusando-o de apresentar “propostas descabeladas e do passado”, e à atual governação social-democrata, que classificou como marcada pela “estagnação” e por “um jogo com cartas viciadas”.