As Forças de Defesa de Israel afirmam ter reagido a uma “ameaça” junto à Faixa de Gaza. Fontes palestinianas relatam entre três e seis mortos em novos ataques com drones.
As Forças de Defesa de Israel (IDF) confirmaram esta terça-feira, 14 de outubro, que abriram fogo contra um grupo de pessoas que se aproximavam das suas posições junto à Faixa de Gaza, alegando tratar-se de uma “violação do acordo de cessar-fogo”.
De acordo com fontes médicas palestinianas citadas pela agência WAFA, vários drones israelitas dispararam contra um grupo de civis que observava as suas casas destruídas no leste da Cidade de Gaza, causando três mortos. Já o jornal Filastin avança com cinco vítimas mortais, enquanto a Reuters, citando autoridades locais, refere pelo menos seis mortos.
As vítimas seriam palestinianos que tentavam regressar aos bairros de Shujaiya (no norte) e aos arredores de Khan Yunis (sul), após a retirada parcial das tropas israelitas.
Em Al-Fakhari, a leste de Khan Yunis, outro ataque com drones provocou a morte de uma pessoa, segundo fontes locais, sem que o exército israelita tenha comentado o incidente.
As IDF afirmam ter emitido alertas à população de Gaza para evitar aproximações às zonas ainda controladas por militares israelitas. O cessar-fogo, em vigor desde domingo, integra a primeira fase do plano de paz para Gaza proposto pelo Presidente norte-americano, Donald Trump, que prevê a libertação de reféns israelitas e de prisioneiros palestinianos.
Na cimeira internacional de Sharm El-Sheikh, no Egito, o Presidente Abdel Fattah al-Sissi apelou à comunidade internacional para apoiar o plano, classificando-o como a “última oportunidade para a paz” na região.
Mais de 20 líderes mundiais, entre eles o rei Abdullah II da Jordânia, o Presidente francês Emmanuel Macron e o primeiro-ministro britânico Keir Starmer, participaram no encontro, que procurou consolidar o cessar-fogo e lançar as bases para a reconstrução de Gaza.
Apesar dos esforços diplomáticos, os incidentes desta terça-feira reacenderam os receios de um regresso à violência entre Israel e o Hamas, menos de 48 horas após o início oficial da trégua.