Alanzinho adiantou o Moreirense, mas Samu, de penálti, e Deniz Gül, perto do fim, garantiram a oitava vitória dos dragões e a distância para Sporting e Benfica.
O FC Porto venceu o Moreirense por 2-1, fora de casa, segurando a liderança isolada da Liga Portugal Betclic no fecho da 9.ª jornada, graças a uma reviravolta construída nos instantes finais do encontro. A equipa da casa marcou primeiro por Alanzinho, aos 18 minutos, mas os dragões responderam com um penálti convertido por Samu em tempo de compensação da primeira parte (45+4) e um cabeceamento decisivo de Deniz Gül aos 88, consumando o triunfo num jogo de elevada dificuldade táctica e intensidade.
A formação orientada por Francesco Farioli alcançou a oitava vitória no campeonato, depois do empate sem golos frente ao Benfica na ronda anterior, e soma agora 25 pontos, três acima do Sporting e quatro do Benfica, ambos também vitoriosos nesta jornada. O Moreirense, que somou o terceiro desaire consecutivo em todas as competições, caiu para o sexto lugar, com 15 pontos, depois de ter resistido longos períodos e ameaçado em transições rápidas antes de ceder na bola parada que decidiu o encontro.
O golo inaugural surgiu numa jogada de insistência concluída por Alanzinho, com desvio em Bednarek que traiu Diogo Costa. Já o empate do FC Porto nasceu de intervenção do VAR a alertar para agarrão a Froholdt na área, convertido por Samu com frieza. No período final, com maior volume ofensivo e alterações no ataque, os azuis e brancos encontraram o 2-1 num canto: desvio ao primeiro poste e toque certeiro de Deniz Gül, garantindo três pontos vitais e a manutenção da distância no topo antes do próximo compromisso.
Vasco Botelho da Costa, treinador do Moreirense, em declarações na sala de imprensa do Parque de Jogos Comendador Joaquim de Almeida Freitas. O técnico lamentou que a sua equipa tivesse cometido o sétimo penálti.
«Tento olhar pouco para o resultado, olho mais para aquilo que é o processo: temos doze jogos sofridos e sete são de penálti e em nenhum deles posso dizer que não era. Estamos a ser muito penalizados por erros próprios, e não somos uma equipa com muitos jogadores pela primeira vez neste contexto. Olhando para o jogo, foi o golo do empate que baixou muito dos nossos índices. Disse no balneário que temos que crescer, porque alguns resultados que tivemos menos positivos estão a ser marcados por erros injustificados. Numa análise ao jogo controlámos o que o Porto estava a fazer, o Porto com muita bola, mas consentido por nós. Estivemos sempre muito compactos, no geral não foi um Porto avassalador, que nos empurrou para trás de uma forma louca. Acaba por ser ingrato para nós, mas merecemos porque o erro foi nosso. Conseguimos explorar mais do que em Alvalade, o porto também nos deu 50 metros e tivemos capacidade de os por mais em sentido. Penso que há um momento marcante, o penálti em cima do intervalo»
«Acabou por ser muito igual, também se sentiu o cansaço do Porto. Para quilo que é a forma de defender do Porto, pressiona a campo inteiro quase homem a homem, mas jogar os mesmos de três em três duas faz-se sentir. Podíamos ter sido mais pressionantes e mais agressivos, condicionado mais o Porto. Mas, o jogo acaba por ser decidido num momento em que o Porto é muito forte, a bola parada, o duelo e disputa».
«Os grandes são avassaladores, é complicado colocar na cabeça que, à partida não vamos perder. Desde que cheguei disse que queria desbloquear mentalmente isso, que queríamos ser competitivos e poder jogar para ganhar contra qualquer equipa. Uma coisa é jogar contra um bloco médio, outra coisa é jogar com pressão a campo inteiro. Tivemos isso em Alvalade, hoje acho que tivemos melhor, temos de continuar a trabalhar, penso que estamos no bom caminho, temos é de parar de fazer penáltis. Quando jogámos e tivemos coragem o Porto já não pôde pressionar da mesma maneira».
«Não acho que seja um momento nivelado [entre equipas grandes e pequenas]. Bem ou mal, as características dos jogadores acabam por ser maioritariamente influentes. Olhando para a estampa física do Porto, a qualidade dos executantes, à partida partimos um pouco atrás. Em doze golos sofremos sete de penálti, sofremos um de livre na Madeira e este de canto. Temos demonstrado competência defensiva, temos de crescer».
Francesco Farioli, técnico do FC Porto, em declarações na sala de imprensa do Estádio do Moreirense. O treinador diz que tem de trabalhar para que o Porto se consiga impor perante diferentes adversários.
«Sabíamos que ia ser difícil jogar aqui. O Moreirense tinha vencido todos os jogos em casa, num campo que não é muito grande. É um campo, e um jogo, onde é preciso maximizar todas as oportunidades de que dispomos».
«Estamos a entrar numa fase diferente. As equipas já temem o FC Porto e começam a defender cada vez mais atrás. As equipas tinham mais disponibilidade para nos pressionar, no início, por isso é normal que os jogos fiquem mais equilibrados. Temos de continuar a trabalhar o nosso processo».
«Nos últimos jogos defrontámos adversários que abdicam de ter bola. Isso diminui o ritmo do jogo. Temos de encontrar soluções para nos impormos aos adversários. Por um lado, temos de estar contentes pelo facto de as equipas jogarem com cautelas frente ao FC Porto. No próximo fim de semana vamos defrontar um Sp. Braga que está a brilhar na Liga Europa e a crescer no campeonato».
































