Space Festival traz música experimental e sons improváveis ao Alto Minho

De Valença a Arcos de Valdevez, o festival leva artistas consagrados e emergentes a espaços culturais fora dos circuitos habituais

O Space Festival regressa este mês com uma nova edição que promete encher o Alto Minho de música experimental e improvisada, numa programação que percorre seis concelhos do país, cinco deles no norte minhoto. A iniciativa, que vai já na 10.ª edição, decorre ao longo de novembro e aposta em espaços alternativos e património local como palco para experiências sonoras únicas.

O evento arranca com dois dias de programação em Montemor-o-Velho (sexta-feira e sábado) e segue depois para o Alto Minho: Valença (domingo e segunda-feira), Vila Nova de Cerveira (11 de novembro), Paredes de Coura (12 e 13), Caminha (14) e Arcos de Valdevez (15 e 16).

Festival para “ouvir devagar” e descobrir territórios

“Este é um festival dedicado à música improvisada e experimental, com propostas diferentes em concelhos onde normalmente não há este tipo de oferta nos seus teatros e espaços culturais”, explicou à Lusa Sofia Pancada, membro da organização do Space Festival.

Desde 2022, o evento tornou-se itinerante, levando a cada concelho programações distintas, que cruzam géneros, instrumentos clássicos e eletrónicos, e um equilíbrio entre artistas consagrados e emergentes.

Além da dimensão musical, o festival procura promover o turismo local e sustentável.

“Não é um festival de recinto único. Queremos que as pessoas possam ir com calma, comer nos restaurantes locais e ficar alojadas nas vilas e aldeias onde atuamos”, sublinha Sofia Pancada.

Do deserto do Atacama a guitarras elétricas em quarteto de câmara

Entre os destaques desta edição estão:

  • A performance audiovisual “Omnispectrum”, em Montemor-o-Velho, que convida o público a uma viagem sonora ao deserto do Atacama;
  • O concerto do duo Calcutá e Maria Amaro, no Centro Cultural de Verdoejo (Valença);
  • O trabalho do percussionista Luís Bittencourt, que transforma objetos do quotidiano como bidões e sacos de plástico em instrumentos no Museu Bienal de Cerveira;
  • A atuação de Almut Kühne, João Pedro Brandão e Marcos Cavaleiro na Capela do Espírito Santo, em Paredes de Coura;
  • O concerto do quarteto tellKujira, em Caminha, que troca os violinos por duas guitarras elétricas;
  • E a apresentação de Krake (Pedro Oliveira), em Arcos de Valdevez, no Parque de Merendas de Miranda, após uma caminhada pelo território.

Entrada gratuita e espírito comunitário

O Space Festival é de entrada livre, com possibilidade de donativo voluntário por parte dos participantes.
É organizado pela associação Rock’n’Cave, em parceria com o Space Ensemble, e conta com o apoio da Direção-Geral das Artes e dos municípios envolvidos.

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