Marques Mendes divulga lista de clientes e inclui várias empresas do Minho

Candidato presidencial apresenta 22 entidades com quem trabalhou e desafia adversários a fazerem o mesmo “a bem da transparência”

O candidato presidencial Luís Marques Mendes divulgou esta sexta-feira a lista dos 22 clientes da sua empresa de consultoria, a LS2MM, Lda., na qual constam várias empresas sediadas no Minho. Entre elas estão a construtora ACA – Alberto Couto Alves, de Famalicão, a Painhas SA, de Viana do Castelo, a Primavera – Business Software Solutions (atualmente Cegid), de Braga, e a Denominador Comum – Consultoria de Negócios, com sede na Póvoa de Lanhoso.

A lista foi enviada à agência Lusa pela candidatura e refere clientes no âmbito de consultoria estratégica, incluindo ainda a Alberto Couto Alves, SGPS, SA, a Associação Portuguesa dos Industriais de Engenharia Energética (APIEE), a Atrys Portugal Centro Médico Avançado, SA, do Porto, bem como outras entidades empresariais e associativas.

Constam igualmente clientes relacionados com conferências proferidas por Marques Mendes, entre os quais associações empresariais, empresas de comunicação e marketing, grupos industriais e comerciais, bem como a SIC – Sociedade Independente de Comunicação, SA, pelo espaço de comentário televisivo, e a Medipress SC Jornalística e Editorial, Lda, no âmbito de artigos de opinião.

Em declaração escrita enviada à Lusa, o diretor de campanha, Duarte Marques, afirmou que a divulgação da lista foi feita “por dever de escrutínio e porque quem não deve não teme”, sublinhando que o candidato “cumpriu o que prometeu”. O responsável desafiou ainda os restantes candidatos presidenciais a divulgarem informação semelhante, defendendo que “o escrutínio deve ser para todos”.

A divulgação surge na sequência de uma notícia da revista Sábado, segundo a qual Marques Mendes terá recebido mais de 700 mil euros nos últimos dois anos através da sua atividade como consultor na Abreu Advogados e na sociedade LS2MM. O candidato comprometeu-se então a divulgar a lista de clientes da sua empresa familiar, após autorização das entidades envolvidas, explicando que não poderia fazer o mesmo relativamente à sociedade de advogados por razões de sigilo profissional.

Entretanto, uma investigação da TVI e do jornal Nascer do Sol noticiou que Marques Mendes recebeu cerca de cinco mil euros mensais da construtora famalicense ACA durante mais de seis anos, ao abrigo de dois contratos de consultoria. A Procuradoria-Geral da República confirmou esta sexta-feira que não irá abrir qualquer inquérito ou averiguação, por considerar que a denúncia anónima recebida não descreve “qualquer concreto facto suscetível de integrar crime”.

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