Presidente do Conselho Europeu sublinha coordenação com os EUA e reforço das medidas europeias numa fase decisiva do conflito na Ucrânia
O presidente do Conselho Europeu, António Costa, assegurou esta sexta-feira que o apoio da União Europeia à Ucrânia “não vacilará”, na véspera do encontro entre Volodymyr Zelensky e o presidente norte-americano Donald Trump.
Numa mensagem publicada na rede social X, António Costa explicou que manteve contactos com o líder ucraniano, em conjunto com outros dirigentes europeus, com o objetivo de “coordenar os preparativos” para a reunião de domingo. O responsável europeu destacou ainda decisões recentes da UE que “fortaleceram a Ucrânia”, nomeadamente o financiamento das necessidades do país para os próximos dois anos, a imobilização de ativos soberanos russos a longo prazo e a prorrogação das sanções contra a Rússia, admitindo novas medidas se necessário.
Segundo Costa, a Europa continuará empenhada “na guerra, na paz e na reconstrução”, trabalhando para uma “paz sólida e duradoura” em estreita cooperação com os parceiros dos Estados Unidos.
O apoio foi igualmente reiterado por líderes europeus, do Canadá e da NATO, de acordo com o chanceler alemão Friedrich Merz. Durante uma videoconferência com Zelensky, realizada a partir de Halifax, o responsável garantiu que os esforços para alcançar uma paz “duradoura e justa” serão conduzidos em articulação com Washington.
O encontro entre Zelensky e Trump deverá centrar-se em temas sensíveis, como o futuro da região de Donbas e as garantias de segurança ocidentais para a Ucrânia, no âmbito do plano americano para pôr fim a quase quatro anos de guerra com a Rússia.
Apesar da intensificação dos contactos diplomáticos, a situação no terreno agravou-se nas últimas horas. Ataques aéreos russos de grande escala atingiram Kyiv e a região envolvente, provocando dois mortos, 11 feridos e deixando mais de um milhão de habitações sem eletricidade. Zelensky afirmou que estes ataques demonstram que Moscovo “não quer acabar com a guerra”.
O presidente francês Emmanuel Macron condenou a escalada russa, sublinhando o contraste entre a vontade ucraniana de alcançar a paz e a determinação da Rússia em prolongar o conflito iniciado em fevereiro de 2022. Também o primeiro-ministro canadiano Mark Carney criticou os ataques, defendendo que qualquer acordo de paz exige uma Rússia disposta a cooperar.



































