Perante as críticas que surgiram de várias proveniências, incluindo dos que lhe são mais próximos, o Presidente dos EUA voltou esta segunda-feira a defender a sua política de imigração.
“Os Estados Unidos não serão um campo de migrantes nem uma instalação para refugiados… Nunca sob a minha supervisão”, afirmou Donald Trump.
Numa rara manifestação pública sobre questões políticas, Melania Trump mostrou este domingo que discorda das diretivas da Administração liderada pelo marido.
“A senhora Trump detesta ver crianças separadas das suas famílias e espera que os dois lados do Congresso possam finalmente elaborar uma reforma migratória bem-sucedida”, disse à CNN Stephanie Grisham, diretora de comunicação da primeira-dama.
Melania, ex-modelo eslovena-americana, “acredita que o país deve impor o respeito à lei, mas também é preciso governar com o coração”, referiu Grisham.
Donald Trump defende uma ampla reforma migratória e responsabiliza os democratas por esta situação.
“Pelo menos uma vez, os democratas poderiam contribuir para uma solução sobre esta separação forçada das famílias na fronteira trabalhando com os republicanos para alcançar uma nova lei”, escreveu este sábado no Twitter.
De acordo com as normas em vigor, as autoridades das zonas de fronteira têm indicações para separar famílias de imigrantes de modo a dissuadí-las de entrar clandestinamente nos Estados Unidos, como os filhos menores.
A política de Trump tem gerado grande controvérsia e as críticas têm surgido também entre apoiantes republicanos.
Num artigo publicado no The Washington Post, Laura Bush, antiga primeira-dama, mulher de George W. Bush, considerou a separação das crianças dos seus pais como “cruel, imoral e de partir o coração”.