TAP está a investigar morte de cão em voo entre Madrid e Porto

A TAP está a investigar a morte de um cão de raça buldogue francês que morreu, na segunda-feira de manhã, num voo entre Madrid e Porto. A denúncia foi feita pelo dono do animal nas redes sociais.

Conforme o JN apurou, Milton Costa comprou bilhetes de avião pela TAP entre Madrid e Porto, para depois seguir para Ponta Delgada com a mesma companhia. O homem, de nacionalidade portuguesa, estava a viajar acompanhado da esposa, dois filhos, de 14 e de um ano e meio, e Chis, um cão de raça buldogue francês.

Chegado ao aeroporto de Madrid, Milton Costa foi informado de que não havia espaço no avião para o cão da família, apesar de já estarem todos os bilhetes comprados. Depois de muita discussão, o homem falou com o capitão do voo, que arranjou lugar para transportar o animal no porão “à última da hora”.

Quando o avião aterrou no Aeroporto Francisco Sá Carneiro, no Porto, Milton Costa foi chamado “porque o cão estava a vomitar”.”Quando lá cheguei, não estava a vomitar, já estava morto”, contou. De acordo com o passageiro, parecia que o cão “estava a sair de um forno”, uma vez que estava “a escaldar”.

Fonte da TAP disse ao JN que o transporte do cão foi realizado “em condições normais” no porão do avião, que é refrigerado e ventilado. O animal saiu vivo do voo, mas o mal-estar visível do buldogue francês fez com que fosse chamado um veterinário, que confirmou o óbito.

A TAP defendeu ainda que estava “muito calor” na segunda-feira e que os buldogues franceses são uma raça muito sensível às mudanças no clima, sendo que “existem companhias que nem permitem esses cães nos voos”.

Milton Costa, que já fez parte do Exército Português, iniciou os primeiros socorros no animal de dois anos e meio, em vão. “A TAP não sabia o que fazer”, explicou o homem.

O passageiro disse que queria apanhar o voo para a ilha de S. Miguel, onde poderia fazer a autópsia, uma vez que “seria mais barato”. Contudo, a TAP não deixou, sendo que Chis será cremado para poder viajar para Ponta Delgada.

Segundo a TAP, não houve negligência por parte da companhia aérea.