O guitarrista Filipe Mendes, conhecido como Phil Mendrix, morreu esta segunda-feira, aos 70 anos, em Lisboa, vítima de doença prolongada, disse à agência Lusa fonte próxima da família.

O corpo do músico que foi considerado um dos melhores guitarristas portugueses de sempre vai estar em câmara ardente, a partir das 15:00 de terça-feira, na capela de Santa Maria no Mosteiro dos Jerónimos, em Lisboa.

Às 14:00 de quarta-feira naquela capela haverá missa de corpo presente, realizando-se o funeral às 15:00 para o cemitério dos Prazeres, também em Lisboa.

Nascido em Lisboa, em 10 de novembro de 1947, Filipe Mendes começou a estudar piano com sete anos. Em 1971, aperfeiçoou os conhecimentos de guitarra elétrica num curso na Chicago School of Music.

Em 1964, estreou-se como profissional na rádio e televisão, tendo atuado no Festival Yé-Yé e no Teatro Monumental, em Lisboa.

O músico foi líder dos Chinchilas, que formou aos 16 anos com Vítor Mamede, José Machado, Mário Piçarra e Fernando, uma formação pioneira do designado como rock psicadélico português que inicialmente se chamavam Monstros.

Fortemente influenciada pela música dos Cream e de Jimi Hendrix – sobrenome que esteve na origem nome profissional que o músico acabaria, mais tarde, por adotar já que era conhecido como o “Jimi Hendrix português” devido aos seus solos de guitarra -, a banda gravou o primeiro disco em 1967.

Quatro anos depois, a formação que teve origem no Porto atuou no primeiro festival de Vilar de Mouros. Nesse ano sai o único ‘single’ editado pelos Chinchilas, com os temas “Barbarela” e “D. João”, em 1971, ano em que o grupo acabaria por se dissolver, segundo a “Enciclopédia da Música Ligeira”, editada pelo Círculo de Leitores e dirigida por Luís Pinheiro de Almeida e João Pinheiro de Almeida.

Filipe Alberto do Paço de Oliveira Mendes nasceu em Lisboa, em 10 de novembro de 1947, e atravessou as várias décadas do rock português em múltiplos projetos e palcos da música.