O presidente da Câmara Municipal de Braga, Ricardo Rio, o Presidente Honorário do BPI e curador da Fundação “la Caixa”, Artur Santos Silva, e José Pena do Amaral, membro da Comissão Executiva do BPI, inauguraram hoje, dia 15 de Novembro, em Braga, a exposição “A Floresta”.

Patente no Largo São João do Souto até 10 de Janeiro, a exposição destaca a Floresta, um dos ecossistemas terrestres com maior biodiversidade no mundo e que conservam o património de milhares de milhões de anos de evolução. A Península Ibérica é umas das regiões com maior biodiversidade da Europa. Nela estão representadas quase todas as paisagens florestais do continente e é o habitat de um grande número de espécies.

Como salientou o Edil, este é um excelente exemplo de uma instituição que revela compromisso com o desenvolvimento da sociedade, algo que o Município tem procurado potenciar junto dos diversos agentes. “Esta iniciativa é um excelente exercício de educação ambiental, uma aula que pode ser absorvida pelas gerações mais novas de modo a estimular o contacto com a floresta e a sua interacção com a sociedade. Deixo o repto a todos os Bracarenses e aos muitos visitantes que nesta época estão na Cidade para visitarem a exposição e aprenderam mais sobre estes temas”, realçou.

A exposição apresenta um percurso pelas principais espécies árboreas da Península Ibérica, a sua ecologia e ligação com o ser humano, através de uma singular colecção. Apresenta cinco exemplares excepcionais de árvores de Portugal que por motivos morfológicos, históricos ou culturais são considerados únicos.

Trata-se da primeira exposição itinerante da Fundação ”la Caixa” em Portugal. Esta mesma exposição – adaptada agora à realidade de Portugal – teve mais de um milhão de visitantes nas várias cidades de Espanha onde esteve presente.

As florestas desempenham uma série de funções ambientais fundamentais para que a vida no planeta seja tal como a conhecemos. Deste modo, a primeira parte da exposição centra-se na organização hierárquica dos diferentes níveis de vida, desde a biosfera até ao nível microscópico. Ao mesmo tempo, é feita uma viagem pelos diferentes elementos que compõem e caracterizam os ecossistemas florestais e as suas dinâmicas naturais, desde o modo como o crescimento das árvores afecta o clima às relações que se estabelecem entre seres vivos, passando pelos diferentes componentes e processos que ocorrem no solo da floresta.

Os protagonistas destes ecossistemas são as árvores e a elas é dedicada a segunda parte da exposição. As árvores são seres vivos pluricelulares, vegetais e lenhosos que ocupam o estrato mais elevado da vegetação. É neste âmbito que se explica as partes constituintes de uma árvore, as funções de suporte e de captação das raízes e como se expandem as florestas através das sementes. Também se explicam as diferentes partes que compõem a madeira das árvores e como as alterações climáticas as influenciam.

De facto, através da cronologia das mudanças climáticas mais recentes compreende-se em grande medida a distribuição actual das florestas e das espécies florestais no conjunto do continente europeu e, mais concretamente, na Península Ibérica.

Actualmente, a Península Ibérica tem 21,6 milhões de hectares de floresta, o que corresponde a 36% da sua superfície total, pouco menos de 60 milhões de hectares. É uma das regiões com mais biodiversidade no continente e com maior área florestal, sendo essa riqueza evidente na grande diversidade de espécies de flora e fauna que habitam as suas florestas. Neste sentido, a exposição apresenta dezoito das espécies mais representativas de toda a Península Ibérica.

A exposição pode ser visitada de Segunda-feira a Sexta-feira, das 12h30 às 14h e das 17h às 21h, e aos Sábados, Domingos e feriados, das 11h às 14h e das 17h às 21h. O horário nas férias de Natal (de 17 de Dezembro a 7 de Janeiro, inclusive) é das 10h30 às 14h e das 17h às 21h. Nos dias 24 e 31 de Dezembro pode ser visitada das 11h às 14h (fechado da parte da tarde) e dias 25 de Dezembro e 1 de Janeiro estará encerrada. A entrada é gratuita.