O Presidente da Câmara admitiu que gostava de ver transferidas para a Autarquia as competências relacionadas com a gestão do Castelo de Guimarães, Paço dos Duques de Bragança e Museu de Alberto Sampaio.
O Governo já iniciou o processo de descentralização de alguns castelos do País para os respectivos municípios, não tendo sido contemplado neste pacote a fortificação vimaranense.
Questionado pelo Grupo Santiago se gostava que a Câmara de Guimarães fosse a detentora da chave do Castelo, no final da última reunião do Executivo, Domingos Bragança considerou que “faz todo o sentido que os monumentos venham para a tutela do Município de Guimarães. “É pedido um esforço grande ao Município e depois não há compensação nenhuma”, disse, justificando que anualmente a taxa cobrada pelas entradas no Castelo e Paço dos Duques de Bragança gera um rendimento que “ronda 1,5 milhões de euros”.
“Esse dinheiro vai para os cofres da Direcção-Regional de Cultura Norte, fica no País, mas será justo que venha para a Câmara de Guimarães, entidade que quando é chamada à sua responsabilidade, embora indirecta, está sempre presente”, considerou, ao pontar a colaboração da Autarquia na conservação dos jardins e do envolvimento “nos novos investimentos que querem fazer à volta do Paço dos Duques e do Castelo”. “É um esforço que querem que seja municipal, mas a receita não é”, comentou, precisando que já fez saber a sua pretensão “aos vários ministros da cultura e ultimamente à Ministra da Cultura”. “Aceitamos as transferências da cultura, mas não a pensar só naquelas que dão prejuízo, essas também as aceitamos porque podemos cruzar as actividades culturais todas, mas é importante que o Castelo, o Paço dos Duques de Bragança e o Museu de Alberto Sampaio venham para a tutela do Município de Guimarães”, assumiu Domingos Bragança.