Quatro centenas de alunos de Guimarães participaram na iniciativa “Girls in ICT Day”

Ações contaram com os alunos da Escola Secundária de Caldas das Taipas, Escola Secundária Martins Sarmento, Escola Profissional CENATEX, Escola Profissional Bento Jesus Caraça e Agrupamento de Escolas Santos Simões.

O município de Guimarães associou-se à Comissão para a Cidadania e Igualdade de Género e à Carta Portuguesa para aDiversidade e desafiou as escolas secundárias do concelho a integrarem ainiciativa “Girls in ICT Day”.

Esta atividade foi inicialmente promovida pela União Internacional das Telecomunicações e objetiva aumentar a consciencialização das jovens mulheres sobre as oportunidades de carreiras em Engenharias, Tecnologias da Informação e Comunicação (TIC) e Informática.

Este ano, em Portugal, a iniciativa envolveu 50 escolas de todo o território nacional. Em Guimarães, as sessões nas escolas realizaram-se nos dias 04 e 05 de abril e contaram com a partilha de experiências e percursos profissionais por parte de engenheiras da EDP, da Altice, da Universidade do Minho e da Câmara Municipal de Guimarães.

Participaram, nestas ações, alunos e alunas da Escola Secundária de Caldas das Taipas, Escola Profissional CENATEX, Escola Secundária Martins Sarmento, Escola Profissional Bento Jesus Caraça e Agrupamento de Escolas Santos Simões, num total de cerca de 400 jovens.

O relatório de 2016 do Fórum Económico Mundial salienta o grave problema que representa a discriminação de género (gender gap) para o crescimento económico sustentável, alertando para o facto de metade do talento do mundo não estar integrado nestas transformações, o que compromete a inovação e aumenta o risco de desigualdade. A economia digital é uma realidade em forte crescimento, estimando-se que a União Europeia possa ter, em 2020, 900 mil postos de trabalho por preencher. Há cerca de 7 milhões de pessoas a trabalhar no sector das TIC, sendo apenas 30% mulheres, segundo dados da Comissão Europeia. À escassez de profissionais em TIC junta-se, assim, o persistente desinteresse que as mulheres revelam por esta área, na qual têm uma baixa representatividade.

Com esta iniciativa, procurou-se fomentar nas jovens o interesse pelas áreas ligadas à Ciência, Tecnologia e Engenharia, para que não permaneçam excluídas deste novo paradigma económico, ao mesmo tempo que se procurou combater a segregação das escolhas e ocupações profissionais em razão do sexo, que se tem verificado.