As polícias de Thames Valley e Hampshire, nos arredores de Londres, Inglaterra, são as primeiras forças de segurança a usar tecnologia de deteção de telemóveis ao volante.
O objetivo é ajudar a polícia a detetar condutores que usam o telemóvel quando conduzem.
O detetor é acionado quando identifica sinais de comunicação 2G, 3G e 4G, ou seja, abrange comunicações de voz, texto ou dados.
Assim que uma pessoa é detetada a usar o telemóvel dentro de um veículo é emitido um sinal luminoso para a advertir a parar, à semelhança dos sinalizadores da presença de radares de velocidade. Neste caso, em vez da velocidade máxima permitida, o condutor vê o desenho de um telemóvel com um traço vermelho por cima.
No caso de estar a ser usado sistema de Bluetooth ou equipamento de mãos-livres, o detetor reconhece e não é acionado o alerta.
No entanto, esta tecnologia, para já, deteta qualquer ocupante do veículo que esteja a utilizar telemóvel, não apurando unicamente quando é o condutor que o faz.
Mesmo “não sendo perfeito”, o sistema é considerado “um passo na direção certa”, na opinião de Kate Goldsmith, cuja filha de 11 anos morreu devido a um condutor que estava ao telemóvel. Aimee Goldsmith foi uma das quatro vítimas mortais do acidente na A34 causado por Tomasz Kroker, de 30 anos, em agosto de 2016, em Berkshire, lê-se na BBC. As outras três vítimas foram a madrasta e os dois filhos, de 10 e 11 anos. O condutor foi condenado a dez anos de prisão.
A morte de Aimee era “totalmente evitável”, sublinha Kate Goldsmith. “A maioria das mães sonha em preparar o casamento da filha. Eu tive de preparar o funeral de Aimee”.
As forças de segurança vão utilizar este sistema como meio de formação e sensibilização dos condutores, após um ano de testes em Norfolk. Para já existem dois detetores instalados na A34, em Oxfordeshire.