Depois de fechadas as contas dos dois campeonatos profissionais – I e II Liga – já é possível olhar para o panorama nacional do principal escalão português na temporada 2019/20.
Com as descidas de Desportivo de Chaves, Nacional e Feirense, e as subidas de Paços Ferreira, Famalicão e Gil Vicente podemos concluir que a polarização da I divisão cada vez se escreve mais a norte do país.
Ora vejemos, 11 das 18 equipas que integram a I Liga situam-se acima do rio Mondego, sendo que 10 delas estão separadas por um raio de 25 quilómetros, numa distribuição entre os distritos do Porto e de Braga.
Os dois distritos com maior representação clubística: cinco dos quais na Invicta (FC Porto, Boavista, Rio Ave, Paços de Ferreira e Desportivo das Aves), e outros tantos em Braga (o Sporting local, o Vitória SC, o Famalicão, o Gil Vicente e o Moreirense).
Num interior cada vez mais desertificado, à semelhança do panorama socio-económico do país, só o Tondela sobrevive, com abissal distância geográfica, para os restantes emblemas.
Por Lisboa, os ‘eucaliptos’ Benfica e Sporting secam quase tudo à volta, e apenas o Belenenses dá nova cor entre os demais emblemas da capital portuguesa. A sul, a realidade do futebol escreve-se com as cores do Vitória SC e do Portimonense, nada mais há a acrescentar.
Com a descida do Nacional, o Marítimo tornou-se o único representante da Região Autónoma, e com igual representantes está o Açores, na figura do Santa Clara.