Luana Brasil tem 36 anos e vai a festivais há 23 anos. E esta foi a primeira vez em que se viu envolvida num episódio do género. Diz ter sido espancada por quatro seguranças do festival NOS Alive, na última quinta-feira, tendo fraturado a mão.
Numa publicação feita no Facebook, Luana relata que foi para a frente do palco do Alive onde muitos festivaleiros guardavam lugar para ver a banda seguinte, os The Cure. Enquanto isso, Luana entusiasma-se com a atuação dos Mogwai.
“Quando Mogwai começou, eu pedi licença ao pessoal que estava apenas aguardando e disse: ‘não se preocupem, no show do Cure eu vou lá para trás, na verdade eu sou fã desta banda que está tocando (e eles nem sabiam qual era)”, conta.
Apesar disso, alguém terá chamado os seguranças. De forma “inesperada” e “sem razão”, relata, “quatro ‘brutamontes’, carregados com toda a fúria do mundo, agarraram-me e retiraram-me toda retorcida pela frente do palco, bateram-me e quebraram a minha mão”.
“Quanto mais percebiam meu sotaque brasileiro, mais agressivos ficavam”, acrescenta. Luana diz que os responsáveis não a deixaram ver as suas identificações.
Luana foi atendida nessa noite ao Hospital Garcia de Orta, em Almada, onde foi comprovada a fractura do osso da mão. Mais tarde, apresentou queixa na Polícia.
Fonte policial confirma que foi apresentada queixa. Nela, a vítima alega ter sido retirada à força do recinto do festival “sem razões” para isso, sem que esta conseguisse identificar os alegados agressores. Por isso, as imagens do recinto foram preservadas de modo a que se consiga apurar o fio dos acontecimentos e a identidade dos supostos agressores.
A Lusa entrou em contacto com a promotora do festival, a Everything is New, sobre o sucedido, sem êxito até ao momento.