O Arcebispo Primaz de Braga quer que o Estado reconheça o trabalho das instituições particulares de solidariedade social, que acarinhe a missão que têm na sociedade e que aceite o desafio de cooperar com essas instituições. D. Jorge Ortiga diz que, desta forma, o Estado, através das suas instituições formais, está também a cumprir a sua missão para com a sociedade, nomeadamente as populações mais fragilizadas.

Por isso, quando o Estado não cumpre com as IPSS devem ser elas a «exigir». «Não podemos calar quando o Estado não colabora ou colabora de um modo deficiente», frisou o prelado, que falava na abertura da Semana Social do distrito de Braga, que decorre em Famalicão.

A abertura desta semana de reflexão ocorreu esta terça-feira, no auditório do CITEVE, com a presença de representantes de instituições sociais e do presidente da Câmara Municipal de Famalicão que também falou na abertura dos trabalhos.

Paulo Cunha concorda com D. Jorge Ortiga. O presidente da Câmara Municipal de Famalicão reconhece que existem muitas e bem qualificadas IPSS no concelho, mas espera que o trabalho que desenvolvem sirva para servir a sociedade e não para libertar de responsabilidades o Estado. «Não podemos depositar nos nossos ombros um conjunto de tarefas e responsabilidades como se o poder público estivesse ausente deste processo», apelou o autarca famalicense.