O Tribunal de Braga continua, hoje, sexta-feira, a julgar 18 arguidos, 14 homens e quatro mulheres, por tráfico de drogas. Cinco arguidos estão em prisão preventiva.

A acusação refere que as transações de estupefacientes decorreram em 2017 e 18, nos Bairros camarários de Santa Tecla, mas também no das Enguardas e no das Andorinhas, em Braga.

A droga – diz a acusação – era adquirida no bairro do Aleixo no Porto, ao preço de cinco euros a pedra (cocaína e heroína), e vendida pelo dobro em Braga. Os cabecilhas do grupo compraram em 2017 e 2018, por mais do que uma vez, 400 pedras que distribuíam em Braga.

No arranque das audiências, a maioria dos acusados, uns por tráfico agravado outros por tráfico de menor gravidade, escusaram-se a depor. Apenas dois deles o fizeram.

Manuel Cruz e Paulo Silva, em ocasiões diferentes, tinham sido apanhados pela PSP quando regressavam das compras no Aleixo, uma delas em plena cidade Porto e outra quando saída da portagem da auto-estrada Porto-Braga.

Ao Tribunal afirmaram que a droga era para consumo e não para venda, isto apesar de trazerem grandes quantidades.

A investigação foi feita pela PSP que vigiou os suspeitos em Santa Tecla e nos outros locais de venda na cidade.

Para consumir

Era “para consumir”, disseram, dizendo desconhecer porque transportaram outros arguidos e quais as quantidades que estes compravam.

Os juízes e o Ministério Público tentavam determinar quais as casas onde compravam drogas em apartamentos em Santa Tecla e nas Enguardas, mas os dois sofriam de, – lamentou a juíza – “lapsos de memória”.