O militar da GNR, residente em Fafe, que foi detido nesta segunda-feira, pela Polícia Judiciária de Braga, está fortemente indicado pela autoria de crimes de burla qualificada, informou fonte da PJ.

Em nota enviada, aquela polícia destaca a “natureza pública da função” deste militar, que exercícia, de forma ilícita a atividade de segurança privada. Está ainda acusado de pertencer a uma associação criminosa que efetuava burlas a idosos, nos concelhos de Basto, no distrito de Braga, e ainda num concelho do distrito de Vila Real.

Para além do antigo militar que, estava suspenso de funções há vários meses na sequência de uma rixa dentro de um café, em Fafe, a 200 metros do posto da guarda, foram detidas outras três pessoas, entre as quais uma advogada.

Os quatro estão “fortemente indiciados pela autoria de crimes de burla qualificada, associação criminosa, exercício ilícito da atividade de segurança privada, branqueamento de capitais, fraude fiscal e detenção de arma proibida”.

A PJ explica que os detidos, com idades compreendidas entre os 28 anos e os 74 anos, “ao longo de vários anos (…) foram desenvolvendo atividade criminosa junto de pessoas de idade avançada, alegando problemas com a Justiça de um dos coarguidos e, desta forma, obtiveram financiamentos avultados na ordem das centenas de milhares de euros que, parte dos suspeitos, gastaram de forma faustosa, após dissimulação em várias contas bancárias”.

Da realização de quatro buscas resultou a apreensão de várias viaturas de gama alta, vestuário e acessórios, telemóveis e equipamentos informáticos, bem como vasta prova documental, informa a PJ.

Os detidos vão ser presentes a primeiro interrogatório judicial para aplicação das medidas de coação tidas por adequadas.