A inflação de Novembro que serve de referência à evolução das pensões fixou-se em 0,24%, o que se traduz num aumento de cerca de 0,7% nas reformas mais baixas e de 0,24% nas reformas médias.
Segundo os dados divulgados esta sexta-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), o Índice de Preços no Consumidor (IPC) mensal voltou a abrandar em Novembro, o que se traduz num travão à inflação sem habitação que serve de referência para a variação de milhões de pensionistas. Segundo os dados provisórios, o IPC sem habitação relativo a este mês fixou-se em 0,24%, ligeiramente abaixo dos 0,29% de Outubro, reflectindo uma evolução mensal negativa de 0,16%.
Desta forma, assumindo a fórmula de cálculo para as pensões, as reformas mais baixas (inferiores a dois IAS-Indexante de Apoios Sociais, cerca de 878 euros em 2020) irão aumentar em 0,24%, acrescidos do efeito do crescimento económico, que se traduz em mais um quinto da evolução do Produto Interno Bruto sempre que se registarem dois anos consecutivos com crescimento acima de 2% (o que se irá verificar em 2018 e 2019). Portanto, o aumento destas pensões deverá ser de 0,7%, assumindo um crescimento médio do PIB previsto de pouco mais de 2% e acumulando os 0,24% do IPC com cerca de 0,5% do PIB.
As pensões entre dois e seis IAS (até perto de 2634 euros) deverão aumentar 0,24%, o valor do IPC sem habitação de Novembro. As restantes praticamente não sofrerão alterações, dado que ao valor do indicador de referência ainda há que descontar 0,25 pontos percentuais.