Um golo do iraniano Mohammadi aos oito minutos, na marcação de um livre direto, foi suficiente para os anfitriões voltarem a vencer na prova, quebrando uma série de 10 derrotas consecutivas.

O lanterna-vermelha Desportivo das Aves venceu hoje o Sporting de Braga por 1-0, apenas o segundo triunfo conquistado na I Liga de futebol, em jogo da 13.ª jornada, que impediu os minhotos de subirem ao quarto lugar provisório.

O Aves manteve-se no 18.º e último lugar, com seis pontos, a cinco da primeira equipa em zona de manutenção (Portimonense, em 16.º), enquanto o Braga permanece na quinta posição, com 18, em igualdade com Tondela e Boavista, todos a dois do Sporting, quarto colocado, com menos um jogo disputado.

Declarações de Sá Pinto, treinador do Sp. Braga, na sala de imprensa do Estádio do Desportivo das Aves, após a derrota (1-0) frente ao Desportivo das Aves em jogo da 13.ª jornada da Liga:

“É o terceiro jogo que perdemos com equipas que não ganham a ninguém”

“Tivemos 15 ou 16 jogos só com uma derrota. Vínhamos de um comportamento muito bom, precisávamos de dar continuidade ao que fizemos nos últimos jogos. Sofremos um golo muito cedo, fomos surpreendidos, depois houve muito antijogo, muitas quedas, bola para a frente, o relvado não nos deixou jogar o nosso jogo, numa ou noutra situação a ansiedade condicionou a nossa forma de jogar. Fomos ineficazes, não merecíamos ser derrotados. É o terceiro jogo que perdemos com equipas que não ganham a ninguém. Foi assim com o Boavista e com o Vitória de Setúbal. É uma coincidência que nos deixa tristes e temos que continuar como até aqui. Temos que rever, não quer dizer que não tenham valor”.

“O Aves foi excessivamente agressivo, lutou com as armas que lhe deixaram lutar, não jogou, parou constantemente o jogo, utilizou o pontapé para a frente e ainda tivemos um terreno mau para jogar. Tivemos oportunidades para fazer golo, mas a bola não quis nada connosco, foi permitido demasiado ao adversário. Sou apologista de agressividade, de organização, de duelos com lealdade até gosto disso, mas hoje foi permitido demasiado. O Rui Costa é um bom árbitro, mas permitiu demasiado. Marcou muitas faltas num terreno onde não se podia jogar. Houve muito antijogo o que é normal, já estávamos à espera. Foi muito consentido e para nós não é benéfico se queríamos ganhar. Não consigo ser treinador assim, a não jogar futebol”

Declarações de Nuno Manta Santos, treinador do Desportivo das Aves, na sala de imprensa do estádio do Desportivo das Aves, após o triunfo (1-0) sobre o Sp. Braga em jogo da 13.ª jornada da Liga:

«A estratégia resultou, o Aves ganhou. Isso era o mais importante, o Aves somar pontos. Temos seis pontos, faltam 73 pontos e o Aves quer conquistar pontos para ficar na Liga. Será uma tarefa difícil e árdua e todos os jogos são decisivos para nós, não colocando pressão, temos de nos dedicar e dar a vida pelo Aves com as armas que temos. Estivemos vivos, focados, concentrados e conseguimos a vitória com muito trabalho.

[O que gostou mais da equipa?] «Desde o minuto inicial o que mais gostei foi o rigor com que a nossa equipa esteve, quer individualmente quer coletivamente. Cada um soube a sua missão, a intensidade que teria de ter a cada momento de jogo e depois com bola saber aproveitar bem e provocar desconforto no Braga. Pode dizer-se que é pontapé para a frente e fé em Deus, mas se repararem tínhamos vários jogadores a disputar a primeira e a segunda bola, que é uma das dificuldades do Braga. Algumas vezes tivemos sorte, mas a sorte faz parte do jogo e quem trabalha mais tem mais sorte».