José António Matos é a segunda geração a liderar a empresa, ao lado da irmã e da esposa. A Dan Cake é um dos produtos que distribui.

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José António Matos é a segunda geração a liderar a empresa criada pelo pai, tendo a seu lado a esposa e a irmã. Destaca-se a distribuição dos produtos da popular Dan Cake, mas vai mais além, sempre com o objetivo de crescer, tendo planos para expandir para fora da zona do Minho e Trás-os-Montes, onde agora opera mais. A aposta na Dan Cake começou quando esta surgiu com a pastelaria industrial, tendo sido então que a Terroso & Matos arrancou “com mais força”, como contou o administrador.

José António Matos, de 50 anos, salientou como é especial estar numa empresa familiar, “porque se está a tentar manter o que o pai conseguiu. Foi natural seguir as pisadas do meu pai. Quando estudava já trabalhava com ele. Fazia que trabalhava”, brincou, acrescentando que acabaria por começar “a trabalhar a sério”, acabando por tomar conta das operações. E será que a tradição familiar é para continuar? “Nunca sabemos o futuro. Pode ser perfeitamente uma arma para os sobrinhos e para os filhos. Mas não é muito fácil. Trabalhamos muito, muitas horas”, respondeu.

O negócio tem crescido lentamente e o responsável realçou a necessidade de “faturar mais um bocadinho. Ainda estamos muito limitados. Andaremos no milhão, milhão e meio. Eu trabalho de noite e de dia com esse objetivo [de crescimento]”. Tem oito empregados e José António Matos considera que entre os fatores de diferenciação estão precisamente as pessoas que ali trabalham e também os anos que a empresa está no mercado. “Permite-nos ser mais solicitados, ter mais traquejo.

” Atualmente tem entre 500 e 600 clientes. Além da pastelaria industrial – a Terroso & Matos distribui outras marcas além da Dan Cake -, há também a aposta no plástico (sacos, mangas e outros), um produto de que muito se fala. “Agora há alguma polémica, mas desde que seja bem trabalhado e reciclado as coisas compõem-se. Apesar de o governo determinar alguns impostos e recomendações, não é por aí que se vai reduzir o plástico. O consumo continua, tem é de ser reciclado como deve ser. Há que ter esse cuidado. Os nossos governos é que têm de incentivar à reciclagem, não é só tributar.” E no momento de numerar as maiores dificuldades do negócio, José António Matos não hesita: “Logo à cabeça, as grandes taxas que pagamos de impostos ao Estado.

É brutal. A carga fiscal é enorme. Depois é a concorrência. Muitas vezes não se ganha o que se tem de ganhar e os preços vêm por aí abaixo.” Para ter mais opções e potenciar a faturação, José António Matos revela que tem uma loja de retalho no centro de Braga, onde trabalha a esposa, Susana Gabriela. “Está mais vocacionada para toalhas de mesa, protetores de mesa e sacos de plástico, mangas plásticas. Tentamos diversificar ao máximo”, explicou, dizendo ainda como a irmã, Sandra, assume funções de administrativa na empresa. A Terroso & Matos está sediada no Mercado Abastecedor da Região de Braga. “Valeu a pena, embora sejam valores um bocado complicados. Ajudou-nos no crescimento, uma vez que o mercado abastecedor é basicamente fruta e eu passei a ser subsidiário daquela gente toda, porque tenho muitos artigos que interessam aos compradores. Eles ao irem à frutinha, passam também no nosso interposto para levar o que lhes faz falta.”

IN “Dinheiro Vivo”