O Famalicão garantiu hoje, com um golo no último minuto, um empate em casa frente ao Desportivo das Aves (1-1), último classificado, em jogo da 21.ª jornada da I Liga portuguesa de futebol.

Na marcação de uma grande penalidade, aos 64 minutos, Welinton marcou o golo do lanterna-vermelha, antes de Riccieli empatar aos 90+6.

O Famalicão, que terminou reduzido a 10, por expulsão de Fábio Martins (86), somou o quinto encontro consecutivo sem vencer e segue no sexto lugar, com 33 pontos, enquanto o Aves é 18.º e último, com 13 pontos, a três da zona de manutenção.

Ficha de Jogo

Jogo no Estádio Municipal de Famalicão, em Famalicão.

Famalicão – Desportivo das Aves, 1-1.

Ao intervalo: 0-0.

Marcadores:

0-1, Welinton, 64 minutos (grande penalidade).

1-1, Riccieli, 90+6.

Equipas:

– Famalicão: Vaná Alves, Ivo Pinto (Roderick, 13), Riccieli, Patrick William, Coly (Walterson, 71), Racic, Gustavo Assunção, Pedro Gonçalves (Anderson, 66), Fábio Martins, Toni Martinez e Diogo Gonçalves

(Suplentes: Defendi, Guga, Walterson, Ofori, Rúben Lameiras, Roderick e Anderson).

Treinador: João Pedro Sousa.

– Desportivo das Aves: Beunardeau, Jailson, Buatu, Diakhité, Ricardo Mangas, Estrela, Rúben Oliveira, Kevin Yamga (Pedro Delgado, 90+2), Banjaqui, Welinton (Dzwigala, 84) e Mohammadi (Rúben Macedo, 55).

(Suplentes: Fábio Szymonek, Dzwgala, Pedro Delgado, Marius, Reco, Rúben Macedo e Luiz Fernando).

Treinador: Nuno Manta Santos.

Árbitro: Artur Soares Dias (AF Braga).

Ação disciplinar: Cartão amarelo para Fábio Martins (32 e 86), Racic (35), Vaná Alves (61), Beunardeau (82) e Patrick William (85) e Diogo Gonçalves (90+1). Cartão vermelho por acumulação a Fábio Martins (86).

Assistência: cerca 3500 espetadores.

João Pedro Sousa, treinador do Famalicão, na sala de imprensa, após igualdade a um golo frente ao Desportivo Aves:

«Sinceramente, era este Aves que esperava. Apesar de ser o último classificado, é uma equipa muito competente. O Aves, desde que este técnico assumiu o comando, é da equipa do nosso campeonato que menos golos sofre de bola corrida. Isso diz-nos da qualidade que a equipa apresenta no seu processo defensivo.

Tivemos um resultado que não contávamos, esperávamos vencer. Fizemos por isso, entrámos com vontade de resolver rapidamente o jogo, mas fomos um pouco lentos na nossa construção. Tentamos concretizar as oportunidades para o Aves arriscar um pouco mais. Na segunda parte, as condições do campo foram ficando fracas e tivemos dificuldades em construir. Num ataque à profundidade, cometemos uma grande penalidade. Depois de sofrer o golo, ficamos impacientes, ficamos nervosos e acusámos alguma fadiga. Com dez as coisas ficaram piores, felizmente conseguimos chegar à igualdade. Foi um jogo ingrato, procurávamos a vitória, e de certa forma até o merecíamos.

Declarações de Nuno Manta Santos, treinador do Desportivo das Aves, no final da partida frente ao Famalicão, da 21.º jornada da I Liga portuguesa de futebol, que terminou com um empate, por 1-1.

«Não vou dizer que este último lance foi crueldade. É futebol e temos de ser competente até ao fim do jogo. Apesar de trabalhamos as bolas paradas todas as semanas, o Famalicão acabou por marcar golo. Foi talvez o único momento em que pudéssemos estar melhor. Resta-me dar os parabéns aos nossos adeptos, à organização da nossa equipa, ao espírito solidário que teve, o cumprir a estratégia que foi definida e a intensidade que colocámos no jogo.

Queríamos ganhar pontos, ganhámos um, mas fizemos de tudo para levar daqui os três. Não quero com isso dizer que o Famalicão não fez o seu trabalho para vencer o Aves. Por tudo aquilo que aconteceu durante os 90 minutos, são dois pontos perdidos para o Aves e um ponto ganho para o Aves. Era importante ganhar pontos, mas se tivéssemos saído daqui com os três pontos, era ouro sobre azul e era uma vitória que assentava bem.

[recuperação do Aves desde a chegada do técnico] Vencemos o Braga em nossa casa, mas tem a ver com a estratégia para o jogo e da estratégia do adversário. Sentimo-nos confiantes na nossa organização defensiva, na maneira que a equipa se articula, acabando por sair com critério para as transições. Temos de melhorar o nosso jogo em ataque organizado porque há equipa que nos dão a iniciativa de jogo e temos de ter solução para isso».