A Câmara de Braga vai manter a taxa turística de um euro por dormida, apesar do pedido de suspensão feito, ontem, pela Associação Comercial de Braga (ACB). O presidente da Autarquia, Ricardo Rio, en entrevista ao JN que a taxa vai permanecer: “a suspensão não influenciaria a decisão de vinda dos turistas”.
O autarca lembra que o esforço pedido não incide sobre os operadores turísticos, mas sim sobre os turistas”, acrescentando que o seu valor “é absolutamente residual”.
Na sexta-feira, em comunicado, a ACB pediu que a taxa que incide sobre as dormidas, um euro por dia, em vigor desde o dia 1, seja suspensa em 2020, “para atenuar a quebra abrupta e inesperada do número de dormidas e dos pedidos de reservas nas unidades de alojamento do concelho”.
Os comerciantes evocam a crise do Covid-19, e, por exemplo, o consequente cancelamento do Europeu de Veteranos de Atletismo, que traria milhares de atletas, dizendo que tal “está a gerar um grande cancelamento de reservas”. O organismo defende que a suspensão da taxa “atenuaria as quebras”.
Questionado pelo JN sobre se a crise do Covid-19 não irá afetar a Semana Santa, que é organizada pela Arquidiocese de Braga, o autarca disse que, nada está previsto, nesse sentido: “são atividades maioritariamente de rua, pelo que não há, em princípio, qualquer perigo”, frisou.
Acrescentou que “não há nenhuma orientação das autoridades de saúde no sentido de não se realizar, pelo que ela se irá manter”.
Entretanto, o Município adiou, sexta-feira, uma iniciativa prevista para a próxima terça, a ida de um grupo de cidadãos idosos à discoteca, por causa das recomendações da Direção Geral de Saúde. O cancelamento ficou a dever-se aos recentes desenvolvimentos em torno do novo coronavírus e ao facto de se tratar de uma atividade que envolve pessoas com idades tidas como de “maior risco”