O Presidente da República garante que todos os números de casos de covid-19 que têm sido divulgados pela Direcção-Geral de Saúde estão correctos e são os fiáveis, recusando afirmações em contrário. 

Em declarações à saída de uma reunião no Infarmed onde as principais figuras do Estado e os líderes partidários assistiram a um “briefing” sobre a situação epidemiológica em Portugal, feito por especialistas de várias instituições, Marcelo Rebelo de Sousa mostrou-se também confortável com a prática de testes que está em curso no país.

“Foi ali explicado que a realização de testes universais têm desvantagens, como a falsa sensação de segurança que podem dar às pessoas testadas, porque no dia seguinte, em qualquer momento, podem ser contaminadas”.

“Nós vamos aperfeiçoando selectivamente o alargamento dos testes”, limitou-se a dizer e a repetir.

O chefe de Estado afirmou ainda que os epidemiologistas explicaram que o pico da doença pode vir a ser “um bocadinho mais tarde” do que 14 de Abril, como tinha sido previsto, porque “a pressão da mola” – leia-se, as medidas de contenção da doença – estão a fazer com que o crescimento esteja a ser menor do que o estimado. 

“Não é possível fazer previsões certas”, disse, mas estimou, mesmo assim, que venha a acontecer na semana da Páscoa. E adiantou que deverá haver outra reunião como a de hoje dentro de duas semanas.