Esta recomendação será feita de acordo com o “princípio básico de precaução em saúde pública e face a ausência de efeitos diversos”.

A ministra da Saúde anunciou hoje, na habitual conferência de imprensa conjunta do Governo com a Direcção Geral da Saúde (DGS), que a DGS já publicou uma norma sobre a utilização de máscaras. Esta recomendação será feita de acordo com o “princípio básico de precaução em saúde pública e face a ausência de efeitos diversos”.

Contempla três tipos de máscaras: os respiradores FFP para profissionais de saúde (modelos 2 e 3), máscaras cirúrgicas que previnem disseminação de agentes infecciosos e por último as máscaras não cirúrgicas ou sociais

“São diferentes das anteriores. Podem ser de diferentes materiais, como algodão” e são destinados à população em geral e não para profissionais de saúde ou pessoas doentes. Não são dispositivos certificados, mas “como não há contra-indicações” podem ser usadas socialmente, explicou a ministra.

“O Centro Europeu de Prevenção e Controlo das Doenças definiu que, face à ausência de efeitos adversos do uso de máscara social, pode ser considerada a sua utilização por qualquer pessoa em espaços interiores fechados e com várias pessoas“, realçou a ministra da Saúde.

É uma medida “adicional” às medidas já anteriormente recomendadas: lavagem das mãos, manutenção da distância social e etiqueta respiratória.

Ainda esta semana, chegarão do mercado exterior 19 milhões de máscaras, informou Marta Temido, na conferência de imprensa desta segunda-feira. Todas os profissionais de saúde e pessoas com sintomas deverão usar máscaras cirúrgicas, assim como as pessoas mais vulneráveis e profissionais de grupos mais expostos como bombeiros e trabalhadores de agências funerárias.

Taxa de mortalidade é maior na região Centro

Há diferenças regionais da taxa de letalidade que podem “reflectir circunstancias sociais”, analisou Graça Freitas, na mesma conferência de imprensa. Os números variam de acordo com a distribuição demográfica da população, densidade populacional nas regiões com focos de doença e a concentração de pessoas vulneráveis em instituições.

“Existem assimetrias, analisadas diariamente, maior taxa de letalidade na região centro por maior concentração de lares, atingidos pela doença”, explicou a directora-geral da Saúde.