No encerramento do debate parlamentar sobre a renovação do estado de emergência, o primeiro-ministro lembrou que só daqui a um ano ou ano e meio haverá uma vacina e explicou que os próximos 15 dias serão “decisivos para preparar” esse período. O retomar de uma certa normalidade da vida será feito de forma “gradual e progressiva”. É preciso “reanimar a economia sem descontrolar a pandemia”, defendeu.

Um dos requisitos referidos por António Costa para essa reabertura da economia em Maio é o de tornar “abundante no mercado os meios de protecção individual que cada um considera essenciais e que as autoridades de saúde têm vindo a recomendar em certas circunstâncias”. No mundo laboral, o primeiro-ministro defendeu a necessidade de “encontrar formas de ter horários desencontrados” e uma “nova organização do trabalho para não criar ondas de ponta”.

Além de garantir serviços de atendimento de outras doenças no Serviço Nacional de Saúde, António Costa apontou o que está previsto reabrir no mês de Maio, embora sem uma data concreta: Aulas presenciais, ainda que presenciais no 11º e no 12, e a “ambição de durante o mês de Maio de reabrir as creches para apoiar as famílias”. “Gostaria muito que as crianças do pré-escolar pudessem voltar a conviver, porque é importante que convivam sem estarem confinadas no seu espaço familiar”, afirmou. ​

Outro sector que apontou como uma possível reabertura em Maio foi o dos serviços de atendimento na função pública, que tem de “dar o exemplo”. “A administração pública tem de transmitir ela própria a confiança necessária aos cidadãos para que possamos retomar a vida normal”, assumiu o chefe de Governo. 

Na reabertura do comércio e restauração, Costa recomenda prudência. “Devemos começar pelo comércio de bairro, que exige menos deslocação, e depois grandes superfícies comerciais”, afirmou, referindo que é preciso criar condições para a reabertura de cabeleireiros.