André André esteve à conversa com os jornalistas, esta tarde, dando conta das vantagens do regresso aos treinos, ainda que num formato individualizado. O médio assumiu que os jogadores ficam mais cansados neste contexto, que considera ser um passo para o regresso da normalidade.
Como tem corrido o regresso aos treinos, qual foi a maior dificuldade depois do período em casa?: “Os treinos têm corrido bem, sempre com a máxima segurança. Apesar de treinarmos individualmente, no campo, dá para conversar um pouco, com as distâncias necessárias. É bom sentir a relva, as chuteiras, a bola. Dá para sentir um cheirinho do que tanto gostamos. As dificuldades que tínhamos passavam mesmo por termos de treinar sozinhos. Todos os jogadores precisam de jogar, de estar em grupo, de estar com os colegas. Estar a treinar sozinho tanto tempo custou, mas felizmente estamos a voltar. Aos bocadinhos vamos conquistar o que falta e estamos ansiosos por voltar a treinar todos juntos e a voltar a jogar.”
Esta nova realidade, que implica exames à Covid-19, faz alguma confusão aos jogadores?: “Não faz confusão, porque é tudo para o nosso bem. para o bem estar de todos. Gostava de não estar a passar por isto, mas é o que temos e temos de saber lidar com isso.”
A nível individual, a paragem foi custosa?: “O pior já passou, que era estar lesionado, a recuperar. Esta paragem surgiu quando estava a jogar, mas foi igual para todos. Deu para recuperar outros aspectos que não era possível na alta competição.”
Que metas terá o Vitória de perseguir nas 10 jornadas por disputar?: “Sempre dissemos que temos como objectivo os lugares europeus. Não é esta paragem que nos faz esquecer que estamos com três vitórias consecutivas. Era diferente se viéssemos de uma série de derrotas. Assim, os níveis de confiança continuam lá em cima. É nesse sentido que vamos trabalhar.”
No regresso, o jogo com o Sporting será à porta fechada. Será um trunfo a menos para o Vitória?: “Claro que jogar com o estádio cheio é sempre diferente. A realidade não será essa, mas não seremos o só nos a jogar à porta fechada. Espero que possamos jogar em casa, em nossa casa estamos mais habituados. Infelizmente não vamos ter os adeptos ao nosso lado, mas esperamos sentir o seu apoio a partir das suas casas. Joguei uma vez à porta fechada, no primeiro ano no Vitória, o que é muito diferente. Todos sabemos que os nossos adeptos dão o nosso 12.º jogador, vai custar, nas teremos de saber lidar com isso. Vamos sair-nos bem.”
Como é que a equipa vai lidar com a falta dos adeptos?: “Todos já pensamos sobre isso. Temos de nos agarrar a outras coisas, toda a gente está unida e focada para concretizar os objectivos, por isso os níveis de motivação vão continuar no máximo. Vai custar, vai, mas vamos ter de aprender a lidar com isso. Os níveis de ambição e motivação não podem baixar.”
Quais foram as principais diferenças ao nível do treino, neste formato individualizado?: “O treino individualizado cansa mais rápido do que em grupo, todos os jogadores dizem o mesmo. Falta o contacto, a comunicação, falta tudo do futebol. O futebol é um desporto colectivo. Custa estar assim, mas é o primeiro passo para estarmos mais tarde em conjunto, daqui a uma ou duas semanas. Se fosse sempre assim, não queria porque custa muito. As orientações são um pouco diferentes, não podemos estar juntos, não sabemos o que o colega vai fazer. Posso assegurar que assim cansa mais.”
Recentemente, o André Almeida apontou-o como um exemplo a seguir: “O André Almeida é um amigo, um jogador de grande qualidade. Tem muita qualidade e vai estar a um grande nível no Vitória. É um bom miúdo, espero que atinja esse nível, essa capacidade, porque tem qualidade para isso, vai ser bom para ele e para o Vitória.”