A lentidão e falhas na internet estiveram entre as queixas mais frequentes, bem como reclamações sobre a faturação e o cancelamento de serviços.
O setor das telecomunicações motivou cerca de 3.000 queixas junto da Autoridade Nacional das Comunicações (ANACOM) durante as seis semanas de estado de emergência. Foi um período em que as comunicações a distância se tornaram mais importantes que nunca.
A lentidão e falhas na internet estiveram entre as queixas mais frequentes, bem como reclamações sobre a faturação e o cancelamento de serviços.
“As pessoas queixaram-se do facto da internet estar lenta ou de quebras no serviço”, explicou Ilda Matos, do regulador, lembrando que numa altura em que muitas famílias utilizam a net para o ensino à distância ou para teletrabalho “pode haver uma sobrecarga das redes e, nessa medida, pode ser afetada a qualidade do serviço”.
Para além de reportarem a situação ao operador para que possa corrigi-la ou à ANACOM, Ilda Matos aconselha os consumidores a adotarem um conjunto de boas práticas para minimizar impactos na internet, nomeadamente, “privilegiar o período da noite para fazer o streaming de vídeos ou de jogos, descarregar ficheiros, fazer atualizações de software”.
Para dar resposta às dúvidas dos consumidores, a ANACOM divulga um guia dando conta dos novos direitos em tempo de pandemia, entre eles o acesso ao serviço de comunicações eletrónicas.
A lei determina que os operadores de telecomunicações não podem suspender o serviço por falha de pagamento a clientes que tenham quebra de rendimentos do agregado familiar igual ou superior a 20%, estejam no desemprego ou se tiverem infetados por Covid-19.
O estado de emergência vigorou entre o dia 19 de março até 2 de maio.
Os últimos dados oficiais indicam que Portugal regista 1.135 mortes relacionadas com a Covid-19 e 27.581 casos de infeção.