O PSD reagiu hoje, em comunicado, “com preocupação” ao encerramento do serviço de urgência noturno de Gastroenterologia do Hospital de Braga.
O partido considera que a decisão do Governo “pode custar vidas num universo de um milhão de habitantes abrangidos por esta importante unidade hospitalar” e pede a reabertura imediata do serviço.
“O PSD/Braga exige por isso ao Governo que em primeiro lugar reverta imediatamente este encerramento e que de uma vez por todas abra os olhos e que resgate o SNS de uma ideologia que está a lesar gravemente a saúde dos portugueses”, diz a secção concelhia liderada por Hugo Soares.
O comunicado lembra que “a destruição de uma referência na área da saúde, reconhecido por organismos independentes e internacionais como o melhor hospital do país, está a ser feita, infelizmente, com um custo demasiado alto para a vida dos portugueses”.
E acrescenta: “Depois da interrupção do Programa de Financiamento de doentes com VIH e esclerose múltipla, depois dos intermináveis tempos de espera – com crianças doentes a aguardar mais de 10 horas para serem atendidas –, a lista de fragilidades vai aumentando desde que o Governo adotou um modelo de gestão pública no Hospital de Braga”.
Desta feita – prossegue o documento – “é o encerramento do serviço de urgência noturno de Gastroenterologia do hospital que desde a passada segunda-feira, segundo o bastonário da Ordem dos Médicos, Miguel Guimarães, coloca em causa a saúde de mais de um milhão de habitantes, no qual se incluem doentes de outros hospitais, como é o caso do de Viana do Castelo, Guimarães ou Famalicão”.
“É com muita apreensão que assistimos a mais um capítulo que pode ser fatal para a saúde de muitos portugueses, especialmente dos da região Norte. Infelizmente para muitos esta é uma verdadeira história de terror. Encerrar o serviço de urgência noturno de Gastroenterologia, transferindo os doentes para hospitais do Porto, que já se encontram saturados, é não só um ato de incompetência e de irresponsabilidade, mas é também mais uma prova das consequências de uma ideologia que concentra o Serviço Nacional de Saúde (SNS) num Estado insensível e incapaz”, acrescenta.