A proposta de alteração ao Plano Diretor Municipal (PDM) para a área das Sete Fontes e respetivo Plano de Urbanização vai ser analisada na segunda-feira, em reunião do Executivo Municipal de Braga.
“Este é um momento determinante no processo que levará à execução do tão ambicionado Parque das Sete Fontes”, refere o vereador Miguel Bandeira. “O processo de salvaguarda e a preservação das Sete Fontes decorreu de um intenso processo de participação pública. A própria classificação como Monumento Nacional, no ano de 2011, foi resultado de uma dinâmica cidadã ímpar, iniciada no final da década de 90. Desde 2013 que este processo tem sido motivo de empenho por parte deste Executivo e pretendemos que continue a ser transparente e participado”, acrescenta.
Com a alteração ao PDM, o Município de Braga diz assegurar a concretização do Parque das Sete Fontes e o seu usufruto pela população, assumindo-o como “uma componente de uma vasta ocupação florestal que penetra na cidade”, garantindo também “a organização da colmatação urbana de enquadramento do Parque, estabelecendo portas de entrada e uma frente edificatória que o valorize, estimule a sua vivificação e aumente a sua utilização e segurança”.
“Todo o desenho proposto surge com a preocupação de proteger o sistema naturalizado do lugar onde as referências de intervenção já estão definidas pela história e pela natureza. O projeto procura assegurar a conservação e valorização do monumento nacional; a salvaguarda da adução de água ao monumento e a gestão das águas pluviais, drenagem encaminhamento e retenção”, explica Miguel Bandeira, notando que “o procedimento de alteração ao PDM tem em consideração os pareceres favoráveis das entidades competentes, cujas observações foram devidamente ponderadas e acolhidas”.
De acordo com Miguel Bandeira, o Plano de Urbanização das Sete Fontes, realizado por Jorge Carvalho, “assegura a salvaguarda e valorização” do sistema de abastecimento de águas à cidade do século XVIII, classificado como Monumento Nacional desde 2011. “Este documento orienta toda a vertente urbana de enquadramento do parque, estabelecendo portas de entrada e uma frente edificatória que valoriza o Ecoparque, estimula a sua vivência e utilização. O plano vai estabelecer uma relação mais funcional entre as Sete Fontes e os núcleos envolventes, nomeadamente com a freguesia de Gualtar, com o hospital, Areal/Alegria, Areal de Baixo e Areal de Cima, qualificando a malha urbana envolvente e definindo uma frente de parque capaz de o dinamizar e qualificar”, ressalva.