O Município de Braga e a delegação local da Cruz Vermelha Portuguesa (CVP) criaram e montaram um centro de acolhimento temporário, na Casa de Saúde de Bom Jesus, das Irmãs Hospitaleiras (da Arquidiocese da Igreja Católica), de Nogueiró, estrutura com capacidade para 20 pessoas e onde já estão 11.
O presidente da Câmara, Ricardo Rio, revelou que o centro, montado e pago pela Câmara e operacionalizado por uma equipa especializada da Cruz Vermelha, visa dar um teto aos cidadãos que vivem na rua nesta altura de pandemia e de frio intenso.
“Há pessoas sem-abrigo que não se deslocam para o Centro de Alojamento Dr. Francisco Alvim que a CVP tem a funcionar, de forma permanente, no lugar da Agrinha, pelo que decidimos reativar este centro, como fizemos em abril”, explicou.
Os sem-abrigo são diariamente sinalizados e apoiados pela equipa de rua «Aproximar+» do organismo e, agora, transportados para a Casa de Saúde, propriedade da Arquidiocese de Braga.
Calcula-se que, na cidade, haja ainda 20 a 30 pessoas a pernoitar nas ruas ou em casas devolutas. A CVP tem apoiado 180 pessoas por ano, quer em respostas de alojamento, no Centro de Alojamento Temporário, quer das residências partilhadas.
O Município de Braga despendeu, este ano, 3, 5 milhões de euros em ações de combate à pandemia do covid-19 e vai investir 2,5 milhões em 2021. Seis milhões, ao todo, revelou aquele autarca.
O Centro da Cruz Vermelha
Nesta área, a ação da CVP de Braga visa “promover a qualidade de vida do utente Sem-Abrigo facultando acolhimento temporário pelo período de 6 meses e visando sensibilizar o utente para a construção e prossecução de um projeto de vida”.
Quer, ainda, “auxiliar no processo de reinserção social; proporcionar atividades de ocupação e/ou formação; promover a articulação entre serviços e instituições no trabalho junto da população Sem-Abrigo”.
Os Objetivos passam por “proporcionar alojamento temporário; garantir a satisfação das necessidades básicas de sobrevivência e apoiar na definição do projeto de vida.
Já os Serviços prestados servem para a “satisfação das necessidades básicas, encaminhamento ao nível da saúde e ao nível social, articulação com a família e acompanhamento psicológico
Os destinatários são pessoas em situação de carência, nomeadamente população flutuante, Sem-Abrigo e outros grupos em situação de emergência social.
