O Vitória regressou aos triunfos, esta noite, ao vencer o Nacional, por 3-1, no encontro em atraso da 12.ª jornada, e aproxima-se do quinto lugar da I Liga.

A equipa comandada por João Henriques até nem começou bem a partida, com o Nacional a aproveitar a oportunidade para se adiantar no marcador por Gorré, aos 16 minutos. A reacção vitoriana foi rápida. Com um remate de trivela, Ricardo Quaresma apontou o golo do empate aos 22 minutos. A reviravolta foi operado no arranque do segundo tempo, com Oscar Estupiñán a bater Daniel Guimarães no minuto 51. O 3-1 foi apontado por Lucas Kal, na própria baliza, ao tentar interceptar um remate de Marcus Edwards, quando o cronómetro assinalava 61 minutos.

Com 23 pontos, o Vitória continua no 6.º lugar. Contudo, ainda com um jogo a menos, está agora apenas a dois pontos do Paços de Ferreira (5.º classificado) e a quatro do Sp. Braga (4.º classificado).

Com um calendário mais apertado que os seus adversários, o Vitória visita Famalicão na noite do próximo sábado. O encontro da 15.ª jornada está marcado para as 20h15. Os famalicenses ocupam, actualmente, o 13.º lugar, com 14 pontos.

Declarações de João Henriques, treinador do V. Guimarães, na sala de imprensa do Estádio D. Afonso Henriques, após o triunfo (3-1) frente ao Nacional:

«Aquilo que disse na antevisão em relação ao ritmo competitivo ficou evidenciado. Nos primeiros quinze minutos a equipa teve dificuldades para entrar no ritmo do jogo. Acordou com os jogadores a começarem sentir-se confortáveis coma sua capacidade. Fizemos o golo do empate e estávamos a ser mais perigosos. Na segunda parte, com algumas alterações senti a equipa mais disponível e confortável com o ritmo competitivo. Sentimo-nos confortáveis e surgem as situações para finalizar. Fizemos o segundo jogo num mês, o que foi penalizador para nós na entrada do jogo. Esta paragem não foi benéfica para o grupo».

[Importante para dar confiança] «Hoje ganhámos pontos a todas as outras equipas do campeonato. É um aspeto positivo, o aproximar aos lugares que queremos. Ficamos a dois do quinto e quatro do quarto, é esse o mote que vamos à procura. Se formos competente com o jogo em atraso ultrapassaremos o quinto classificado. Vamos olhar para a frente, quem está ali à frente é o Paços e é esse que queremos ultrapassar. Depois vamos olhar para o quarto. Temos já um jogo difícil em Famalicão, vamos tentar ser competentes para andar no comboio da frente».

[Quaresma com 37 anos está de volta às boas exibições] «As individualidades sobressaem quando o coletivo é forte. Com o coletivo a crescer como está a crescer é natural que o Quaresma faça o que faz. As dinâmicas vão sendo consolidadas e temos cá jogadores com muita qualidade. O Quaresma é um jogador de exceção. O coletivo está a potencializar as individualidades».

Declarações de Luís Freire, treinador do Nacional da Madeira, na sala de imprensa do Estádio D. Afonso Henriques, após a derrota (3-1) frente ao V. Guimarães:

«Penso que o jogo acaba por ser um jogo que conseguimos construir, conseguimos chegar perto da baliza adversária e conseguimos entrar melhor até fazer o primeiro golo. Muito do que temos trabalhado apareceu. A seguir, num lance em que o adversário ganha o lance na direita, sofremos o empate num lance em que há mérito do adversário. Tivemos personalidade na primeira parte. Na segunda parte penso que tentámos manter igual, mas tivemos pouco tempo para entrar e em cinco minutos sofremos o segundo. Os erros pagam-se caro, temos de tirar a bola dali. Podíamos ter feito o empate, tivemos oportunidades, e voltámos a sofrer. Os jogadores tentaram manter a organização da equipa, podíamos ter feito várias vezes o 3-2 mas não conseguimos. A diferença entre uma equipa e outra foi no aproveitamento das oportunidades de golo, mais nada. Tivemos mais oportunidades, isolados de um lado e de outro, mas não conseguimos marcar. Quem assistiu ao jogo sabe que merecíamos outro resultado. Temos de continuar fortes e mais competentes à frente da baliza».

[Erros defensivos] «Do outro lado há qualidade e jogando com equipas que à partida têm mais qualidade na frente os erros pagam-se caro. Não pode haver hesitações e isso aconteceu. Depois também hesitamos na cara do golo. Quem vê o jogo tem de ser honesto: o Nacional teve mais posse, mas remates e mais ataques».

Ficha de Jogo

Jogo no Estádio D. Afonso Henriques, em Guimarães.

Vitória de Guimarães – Nacional, 3-1.

Ao intervalo: 1-1.

Marcadores:

0-1, Kenji Gorré, 16 minutos.

1-1, Ricardo Quaresma, 22.

2-1, Óscar Estupiñán, 51.

3-1, Lucas Kal, 61 (própria baliza).

Equipas:

– Vitória SC: Bruno Varela, Sacko, Jorge Fernandes, Abdul Mumin, Gideon Mensah (Zié Ouattara, 71), Pepelu, André André (Wakaso, 83), André Almeida (Miguel Luís, 71), Ricardo Quaresma, Marcus Edwards (Rochinha, 65) e Óscar Estupiñán (Bruno Duarte, 83).

(Suplentes: Matous Trmal, Zié Ouattara, Suliman, Wakaso, Janvier, Miguel Luís, Luís Esteves, Rochinha e Bruno Duarte).

Treinador: João Henriques.

– Nacional: Daniel Guimarães, Kalindi, Lucas Kal, Pedrão, João Vigário (Vincent Koziello, 69), Nuno Borges (Rúben Micael, 83), Larry Azouni (Witi, 69), Francisco Ramos, Kenji Gorré (Bryan Rochez, 69), João Camacho e Brayan Riascos (Vincent Thill, 82).

(Suplentes: Riccardo Piscitelli, Rúben Freitas, Rui Correia, Alhassan, Vincent Thill, Vincent Koziello, Rúben Micael, Witi e Bryan Rochez).

Treinador: Luís Freire.

Árbitro: Gustavo Correia (AF Porto).

Ação disciplinar: Cartão amarelo para Larry Azouni (19), Gideon Mensah (33), Jorge Fernandes (42), Kenji Gorré (58) e André André (66).