Empresa espanhola adquiriu dona da chocolates Regina e Pantagruel

“A Imperial enquadra de forma perfeita todos os requisitos que procurávamos: é uma empresa especialista em chocolate, muito querida e enraizada em Portugal, com marcas de qualidade e tradição, com sabores únicos, com uma sólida estrutura de fabrica, uma boa abordagem ao mercado e com um portfólio complementar ao da Chocolates Valor”, adiantou o presidente executivo da empresa espanhola.

A empresa espanhola Chocolates Valor adquiriu a empresa portuguesa de chocolates Imperial, responsável por marcas como Regine e Pantagruel. A Chocolates Valor comprou a empresa portuguesa à Vallis Capital Partners, segundo o comunicado da nova dona da Imperial.

Com quase 90 anos de história, e com marcas emblemáticas como a Regina, Pantagruel, Jubileu, Pintarolas e Allegro, a Imperial foi agora comprada pela empresa líder no sector do chocolate em Espanha. Esta é a primeira operação internacional da Chocolates Valor e está enquadrada no plano estratégico trienal, corroborando o compromisso da empresa com a expansão iniciada há várias décadas, em que os produtos já estão presentes em mais de 60 países.

“A aquisição da Imperial é um momento importante para nós, é a concretização de um sonho. Tratou-se de uma decisão cuidada e que resultou do facto de termos encontrado uma empresa com a qual nos identificamos e que nos complementa. O nosso roadmap integra o crescimento orgânico e inorgânico, e nesse sentido analisámos inúmeras propostas para encontrar o parceiro de viagem perfeito”, destaca Pedro López, presidente executivo da espanhola Chocolates Valor.

Segundo a empresa espanhola, a Imperial complementa o seu negócio devido à relevância de Portugal e pela estrutura fabril e produtos já consolidados no mercado.

“A Imperial enquadra de forma perfeita todos os requisitos que procurávamos: é uma empresa especialista em chocolate, muito querida e enraizada em Portugal, com marcas de qualidade e tradição, com sabores únicos, com uma sólida estrutura de fabrica, uma boa abordagem ao mercado e com um portfólio complementar ao da Chocolates Valor”, adiantou o presidente executivo.

Com esta aquisição, a empresa chocolateira espanhola tem como objetivo promover o desenvolvimento dos negócios das duas empresas, bem como reforçar e projetar as marcas e maximizar as sinergias das empresas que se especializaram no sector do chocolate.

“O nosso objetivo é estimular o desenvolvimento dos negócios de ambas as empresas, dentro e fora das suas fronteiras naturais, fortalecendo e valorizando as suas marcas e história, com grande capacidade de adaptação às culturas e hábitos dos distintos consumidores, e maximizando as sinergias de ambas as empresas especializadas como a Chocolates Valor e a Imperial. De sublinhar, inclusive, o elevado know-how de toda a equipa de profissionais da Imperial”, aponta Pedro López.

A compra da empresa portuguesa reflete o foco na inovação, que ambas as empresas consideram uma prioridade estratégica no seu negócio. No caso da Imperial, a complementaridade no portfólio de produtos é amplificada pela sua adaptabilidade específica que a tem permitido penetrar em segmentos especiais de mercado como os produtos vegan, proteicos, sem glúten, kosher ou halal. Por sua vez, a Valor é a segunda marca em Espanha na categoria de tabletes, o principal core da empresa, e é líder de mercado em segmentos tão importantes como os chocolates com elevada percentagem de cacau, chocolates sem açúcar, chocolates com nozes, chocolates quente, assim como snacks com as marcas Huesitos e Tokke, para além de que se posicionou recentemente como um forte player em cacau solúvel com os seus “Auténticos Cacaos”.

Esta marca a segunda aquisição da Chocolates Valor, mas a primeira a nível internacional, dado que a empresa já tinha adquirido a fábrica Ateca, em Zaragoza, responsável pelas marcas Huesitos e Tokke em 2013.

A Chocolates Valor, que exporta para 60 países, registou um volume de negócios superior aos 138 milhões de euros no último exercício (julho de 2019 a junho de 2020), o que representa um crescimento da ordem dos 10%, enquanto o lucro registou uma subida de 2,2%, atingindo 12,2 milhões de euros. No período em referência, a empresa fabricou quase 23 milhões de quilos de produto entre as fábricas de La Villajoyosa (Alicante) e Ateca (Saragoça). O investimento atingiu no mesmo exercício um recorde de 7,8 milhões de euros.