Guimarães foi o concelho escolhido no âmbito da iniciativa Portugal Inovação Social para implementar o projeto da Comunidade Criativa de Inclusão Digital de Guimarães (CCIDG).
Segundo uma nota enviada às redações, “trata-se de um projeto itinerante (sala de aula sobre rodas), com uma viatura equipada com seis postos informáticos, para a implementação de um programa de desenvolvimento de competências digitais, com vista ainda à promoção da inclusão da população mais vulnerável e em risco de exclusão digital”.
O projeto é desenvolvido pela Delegação de Guimarães da Cruz Vermelha Portuguesa, financiado pelo Portugal Inovação Social em 312 mil euros, e conta com o apoio de 134 mil euros da Câmara Municipal de Guimarães como investidor social.
O Presidente da Câmara, Domingos Bragança, destacou a “resposta complementar que acrescenta mais inovação à área social e a outros projetos que estão no terreno”. Evidenciou a experiência da Cruz Vermelha na ligação ao voluntariado e a “capacidade de fazer esta ligação de âmbito intergeracional com as pessoas que estão mais isoladas”.
Domingos Bragança realçou que “há imensos jovens que querem participar e revelam a excelência da criatividade para um mundo melhor, através das novas ferramentas digitais” associando isso ao “voluntariado” como a “forte componente humana”. Mencionou ainda que “o isolamento das pessoas, muitas vezes, deve-se à falta de interação psicológica e social. Precisamos de saber ler estes sinais de fragilidade para poder intervir”.
O Presidente da Delegação de Guimarães da Cruz Vermelha vincou, também, “a lógica de intergeracionalidade para combater o isolamento”, com a vantagem de chegar a todo o território através da nova unidade itinerante. Perante este “desafio”, Armando Guimarães aponta como meta envolver 240 jovens voluntários e chegar a mais de 500 vimaranenses.
Helena Loureiro, representante regional do Norte do programa Portugal Inovação Social, vincou a escolha de Guimarães para a implementação deste projeto pioneiro a nível nacional, na sequência dos resultados do trabalho da Rede Social e a interligação da Câmara Municipal com as instituições locais.
O programa será dinamizado por voluntários, tendo como objetivo principal “estimular a participação cívica e envolvimento social dos jovens. Existe ainda um programa de acompanhamento, realizado por voluntários (Digital Dreamers) destinado aos beneficiários das sessões de Inclusão Digital, com foco prioritário nos idosos em situação de solidão ou isolamento”, pode ler-se na mesma nota.
A criação da primeira Comunidade Criativa para a Inclusão Digital de Guimarães pretende “incentivar os jovens para a prática do voluntariado, criar comunidades locais colaborativas, resilientes e que contribuam para um crescimento inclusivo, em todo o território”.
Está previsto ainda o empréstimo de tablets a utentes no sentido de praticarem os seus conhecimentos nos meios digitais, terem acesso a entretenimento e atividades personalizadas e a meios de comunicação inovadores e tecnológicos com o da equipa de voluntários.