A ‘task force’ que coordena o plano de vacinação contra a covid-19 vai manter a vacina da AstraZeneca no processo até surgir uma posição oficial da Agência Europeia do Medicamento (EMA), da Direção-Geral da Saúde (DGS) e do Infarmed.
Perante as declarações de hoje ao jornal italiano ‘Il Messaggero’ do responsável pela estratégia de vacinação da EMA, Marco Cavaleri, que confirmou “uma ligação” entre a vacina desenvolvida pela Universidade de Oxford e pela farmacêutica anglo-sueca AstraZeneca e a ocorrência de coágulos sanguíneos em pessoas vacinadas, fonte da ‘task force’ disse à Lusa que o plano imediato é aguardar por uma decisão.
“Vamos esperar pela posição oficial da EMA e da DGS. Por agora mantém-se a vacina da AstraZeneca no programa de vacinação”, afirmou a mesma fonte.
A reunião do Comité de Avaliação dos Riscos em Farmacovigilância da EMA, que conta com representantes do Infarmed, começou hoje e deve prolongar-se até sexta-feira. A EMA adiantou também à agência AFP que “ainda não chegou a uma conclusão e a revisão está atualmente em curso”.
Entretanto, o primeiro-ministro, António Costa, reiterou também a necessidade de esperar por uma posição oficial da EMA, mas já admitiu que se o regulador europeu confirmar esta situação, então haverá uma “maior morosidade” na aplicação do plano de vacinação contra a covid-19 no espaço comunitário.
“No quadro da União Europeia, consideramos que é fundamental que haja uma posição uniforme relativamente às recomendações e indicações fixadas pela EMA no que respeita a cada uma das vacinas. Se houver um berbicacho, então isso terá inevitáveis consequências no processo de vacinação”, disse o primeiro-ministro.
A pandemia de covid-19 provocou, pelo menos, 2.862.002 mortos no mundo, resultantes de mais de 131,7 milhões de casos de infeção, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.