Sporar colocou o Braga a vencer a 10 minutos do fim
O SC Braga venceu o Boavista, esta quarta-feira, por 2-1, em jogo da 28.ª jornada da I Liga portuguesa de futebol, depois de ter estado a perder, e subiu, provisoriamente, ao terceiro lugar do campeonato, ultrapassando o Benfica e mantendo a perseguição por um lugar de ‘Champions’.
O Boavista entrou a ganhar com golo de Sebastian Pérez, aos 28 minutos. Os ‘arsenalistas’ empataram aos 39 por Fransérgio.
Na segunda parte, aos 54 minutos, os ‘axadrezados’ passaram a jogar com menos um, após expulsão de Jackson Porozo.
Em superioridade numérica, o SC Braga garantiu os três pontos com golo de Sporar aos 82 minutos.
Com este triunfo, o Sporting de Braga, que vinha de dois empates, subiu provisoriamente ao terceiro lugar, com 58 pontos, mais um que o Benfica, que apenas joga com o Portimonense na quinta-feira.
Num triunfo justo, mas arrancado a ‘ferros’, os minhotos estiveram a perder graças ao golo de Sebastián Peréz (28 minutos), mas deram a volta ao marcador por Fransérgio (39) e Sporar (82).
Este triunfo permite aos bracarenses ascenderem, à condição, à terceira posição, ultrapassando o Benfica que só joga quinta-feira, com o Portimonense, no Algarve.
O Boavista, que não perdia há três jornadas (duas vitórias e um empate) e que marca passo na luta pela manutenção, apresentou-se ‘curto’ em demasia e pode ‘agradecer’ ao seu guarda-redes a derrota pela margem mínima
No Sporting de Braga, nota para os regressos de Esgaio, Raul Silva e Gaitán ao ‘onze’ titular, enquanto no Boavista o destaque foi para a estreia de Nathan e para o facto de Angel Gomes, 23 vezes titular em 27 jornadas, ter começado no banco de suplentes.
A primeira parte foi totalmente dominada pela equipa da casa, que voltou a mostrar grande ineficácia, tantas foram as oportunidades que criou. Logo aos três minutos, Galeno fugiu pela esquerda e serviu Abel Ruiz que quase inaugurou o marcador, mas Léo Jardim mostrou atenção.
Esgaio e Galeno (23 e 24) remataram com muito perigo e um livre direto cobrado por Gaitán (27) deu mesmo sensação de golo.
O Boavista raramente saía do seu meio-campo, mas foi a primeira equipa a marcar na sequência de um cruzamento da esquerda.
Sequeira aliviou para a ‘cabeça’ da área onde surgiu Sebastián Perez, sem oposição, a rematar de primeira – Matheus não viu a bola passar por entre a ‘floresta’ de pernas e, apesar de ainda ter tocado na bola, não conseguiu evitar o golo dos ‘axadrezados’ (28).
A equipa de Carlos Carvalhal não se desnorteou e continuou em busca do golo. Fransérgio esteve muito perto de o conseguir, após centro de Galeno (38), mas, um minuto depois, o cabeceamento do médio brasileiro não falhou após uma jogada semelhante, mas desta vez o cruzamento – excelente – da esquerda saiu de Gaitán.
Jesualdo Ferreira lançou Angel Gomes após o intervalo, mas a segunda parte iniciou-se com um disparate de Jackson Porozo que Luís Godinho inicialmente puniu com penálti sobre Gaitán, decisão revertida após o árbitro da associação de Évora ter visto as imagens do VAR.
O central equatoriano seria expulso pouco depois – segundo cartão amarelo – por uma entrada imprudente sobre Gaitán em zona de pouco perigo, pelo que o Boavista ficou a jogar com menos um jogador desde os 54 minutos.
Com mais uma unidade, o Sporting de Braga lançou-se em busca do segundo golo, mas poucas vezes com discernimento.
Raul Silva falhou de forma clamorosa o segundo após livre lateral (55) e Ricardo Horta atirou por cima (67).
O Boavista passou praticamente só a defender, mas esteve muito perto do golo aos 72 minutos, por Elis, após rápido contra-ataque.
Carlos Carvalhal fez uma tripla substituição pouco depois, refrescando defesa, meio-campo e ataque com Borja, João Novais e Sporar e o ponta-de-lança esloveno seria decisivo ao marcar o golo da vitória, já depois de Léo Jardim ter salvado o Boavista por três ocasiões.
Já o Boavista, que vinha de três jogos sem perder (duas vitórias e um empate), está em 14.º lugar, com 28 pontos.
Declarações de Carlos Carvalhal, treinador do Sp. Braga, na sala de imprensa do Estádio Municipal de Braga, após o triunfo (2-1) frente ao Boavista:
«Este jogo vai para a galeria dos bons jogos que fizemos esta época. Foi muito positivo, contra um adversário difícil, conhecemos bem o Jesualdo Ferreira, muito fortes defensivamente, com muitos jogadores atrás da linha da bola. Fomos fortes na reação, tivemos várias oportunidades, e por ironia do destino, o Boavista apanha-se a ganhar no primeiro remate à baliza. Para dizer que esta vai para as melhores exibições da época tem a ver com isso, a nossa equipa nunca perdeu a serenidade nem se desequilibrou. Fomos uma equipa a circular bem a bola. Na segunda parte entrámos muito bem, depois da expulsão evidentemente se acentuou o que estou a dizer. Há uma transição do Boavista que podia ter dado golo, contra quatro oportunidades nossas. No geral foi uma boa exibição, a vitória acaba por ser sofrida sem necessidade disso porque não marcámos mais golos».
[Gaitán no seu melhor?] «A equipa vale pelo todo, trabalhou toda muito bem. O Nico está incluído nesse todo. Foi crescendo após o infortúnio das lesões, o grande desafio do Nico não foi na qualidade técnica, mas sim na competitividade. Hoje correspondeu a uma intensidade muito alta, roubou bolas, esteve agressivo no bom sentido, se calhar contagiado pela equipa. Foi mais intenso hoje, mais produtivo, é o grande desafio que ele tem, jogando o tempo que achámos que seria ajustado ele jogar».
Declarações de Jesualdo Ferreira, treinador do Boavista, na sala de imprensa do Estádio Municipal de Braga, após a derrota (2-1) frente ao Sp. Braga:
[História podia ter sido diferente sem a expulsão] «Não vamos saber nunca. Se faz essa pergunta é porque puseram a hipótese de isso acontecer. A ideia que tenho é que ia ser um jogo mais disputado e mais equilibrado. Com o resultado sem estar do lado do Braga, tudo podia acontecer. Houve dois jogos: até ao intervalo controlámos quase todas as situações do Braga e fizemos um golo numa das saídas. Não estava a contar que a partir dos dez minutos ficássemos de novo a jogar com dez. Já jogamos com dez bastantes jogos, e é curioso que em nenhum momento estivemos a perder e acabamos por perder com depois com dez, excetuando o jogo com o Belenenses. Foi difícil para nós, mas tivemos duas ocasiões em que com um bocado de sorte podíamos ter marcado. Fica o resultado negativo, a ideia de que o plano foi interpretado de forma série e segura pelos jogadores. Temos outro jogo no domingo, pouco tempo de recuperação perante uma enorme pressão emocional, o que nos leva a ter de ter mais jogadores preparados, obrigados a fazer os jogadores a acreditar que podemos chegar onde queremos, a conseguir uma classificação para ficar na Liga».
Os melhores momentos da partida aqui:
Ficha de jogo
Estádio Municipal de Braga.
Sporting de Braga – Boavista, 2-1.
Ao intervalo: 1-1.
Marcadores:
0-1, Sebastián Perez, 28 minutos.
1-1, Fransérgio, 39.
2-1, Sporar, 82.
Equipas:
– Sporting de Braga: Matheus, Esgaio, Tormena, Raul Silva, Sequeira (Borja, 74), Castro (João Novais, 74), Fransérgio, Galeno (Sporar, 74), Gaitán (André Horta, 83), Ricardo Horta e Abel Ruiz (Piazon, 89).
(Suplentes: Tiago Sá, Zé Carlos, Rolando, Bruno Rodrigues, Borja, André Horta, João Novais, Piazon e Sporar).
Treinador: Carlos Carvalhal.
– Boavista: Léo Jardim, Jackson Porozo, Rami, Chidozie, Nathan (Cannon, 74), Show (Nuno Santos, 62), Sebastián Perez (Sauer, 62), Paulinho (Kuku Fidelis, 90), Hamache, Elis e Yusupha (Angel Gomes, 46).
(Suplentes: Bracali, Cannon, Gómez, Nuno Santos, Sauer, Angel Gomes, De Santis, Kuku Fidelis, Morais).
Treinador: Jesualdo Ferreira.
Árbitro: Luís Godinho (Évora).
Ação disciplinar: cartão amarelo para Sebastián Perez (41), Jackson Porozo (47 e 54), Elis (63). Cartão vermelho para Jackson Porozo por acumulação de cartões amarelos (54).