A Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária (ANSR), a GNR e a PSP lançam na terça-feira uma campanha que até final do mês vai alertar os condutores para as consequências, por vezes fatais, do uso do telemóvel durante a condução.
Em comunicado conjunto, as autoridades informam que a campanha “Ao volante, o telemóvel pode esperar” integrará ações de sensibilização da ANSR e operações de fiscalização, pela GNR e PSP, com especial incidência para vias e acessos com elevado fluxo rodoviário, de forma a contribuir para a diminuição do risco de ocorrência de acidentes e a adoção de comportamentos mais seguros por parte dos condutores.
Na última campanha sobre este tema, que decorreu entre 23 de fevereiro a 01 de março, as forças de segurança fiscalizaram 73.544 veículos e registaram 1.164 infrações relativas ao uso do telemóvel durante a condução, o que correspondeu a uma taxa de infração de 1,58%, numa média de 166 por dia.
As ações de sensibilização ocorrerão em simultâneo com operações de fiscalização em Lisboa (dia 25), no Porto (26), em Viana do Castelo (27), em Braga (28) e em Setúbal (31).
Na nota conjunta, as autoridades lembram que vários estudos científicos “equiparam o uso indevido do telemóvel à condução sob o efeito do álcool, com consequências muito parecidas na atenção e na capacidade de reação”.
Sublinham ainda que as alterações introduzidas ao Código da Estrada, em vigor desde 08 de janeiro, duplicaram os valores das coimas, tendo passado os limites para entre 250 euros e 1.250 euros, com subtração de três pontos na carta, em vez dos dois anteriormente previstos.
A ANSR, a GNR e a PSP insistem que o uso do telemóvel ao volante é perigoso e apelam a todos que evitem este comportamento, sublinhando que “aumenta quatro vezes o risco de ocorrência de acidente de viação”.
Lembram igualmente que o uso de aparelhos eletrónicos durante a condução “causa dificuldade na interpretação da sinalização e desrespeito das regras de cedência de passagem, designadamente em relação aos peões”.
“A sinistralidade rodoviária não é uma fatalidade e as suas consequências mais graves podem ser evitadas através da adoção de comportamentos seguros na estrada”, acrescentam.