Conselho de Ministros tomou mais uma medida restritiva para conter os números da pandemia. E mantém a restrição de saída e entrada da Área Metropolitana de Lisboa entre as 15:00 de sexta-feira e 6:00 de segunda-feira.

Num momento em que o número de novos casos de covid-19 continuam a subir no país, e sobretudo na Área Metropolitana de Lisboa, o Conselho de Ministros adotou uma nova medida para tentar conter a pandemia. O governo institui que os cidadãos “se devem abster de circular em espaços e vias públicas e permanecer no respetivo domicílio no período compreendido entre as 23h00 e as 05h00”. Uma espécie de recolher obrigatório, sem que seja mencionada esta figura jurídica que só pode ser desencadeada ao abrigo do estado de emergência.

A governante apontou para que a medida restritiva de circulação, que será para cumprir todos os dias, entre em vigor já esta sexta-feira. Mariana Vieira da Silva garantiu que está enquadrada legalmente.

Mariana Vieira da Silva esclarece que esta medida de limitação de circulação não tem exceções. Mesmo para quem apresente testes à covid-19 negativos ou para pessoas vacinadas. “Esta é uma medida de redução de ajuntamentos”, argumentou a ministra da Presidência, justificando com o aumento de casos de infeção nas camadas mais jovens da população. Ao invés do que acontece nas “idades já vacinadas”. O que, concluiu, “significa que a vacina resulta”.

A medida foi anunciada pela ministra de Estado e da Presidência, Mariana Vieira da Silva após a reunião do Conselho de Ministros, e seguida de um apelo reiterado para que a população continue a cumprir as regras estipuladas pela Direção-Geral de Saúde para controlar a doença. “Ainda não estamos em condição de controlar a pandemia”, disse.

Há neste momento 19 concelhos, a maioria na Área Metropolitana de Lisboa (AML), que se encontra em risco muito elevado de infeção, ou seja que já atingiram por duas vezes os 240 casos de infeção por covid-19 por 100 mil habitantes (ou 480 nos territórios de baixa densidade). Da AML são os municípios de Almada, Amadora, Barreiro, Cascais, Lisboa, Loures, Mafra, Moita, Odivelas, Oeiras, Seixal, Sesimbra, Sintra e Sobral de Montagraço. Nesta situação estão ainda Albufeira, Constância, Loulé, Mira e Olhão.

Na semana passada apenas estavam na zona vermelha, Lisboa, Albufeira e Sesimbra.

Há ainda a somar 26 outros concelhos que atingiram o risco elevado de infeção, ou seja que ultrapassaram duas vezes os 120 casos por 100 mil habitantes (ou 240 nos territórios de baixa densidade). São eles Alcochete, Alenquer, Arruda dos Vinhos, Avis, Braga, Castelo de Vide, Faro, Grândola, lagoa, Lagos, Montijo, Odemira, Palmela, Paredes de Coura, Portimão, Porto, Rio Maior, Santarém, São Brás de Alportel, Sardoal, Setúbal, Silves, Sines, Sousel, Torres Vedras e Vila Franca de Xira.

Em estado de alerta, os que ultrapassaram os 120 casos de covid-19 por 100 mil habitantes (ou 240 nos territórios de baixa densidade) estão Albergaria-a-Velha, Aveiro, Azambuja Cartaxo, Bombarral, Idanha-a-Nova, Ílhavo, Lourinhã, Matosinhos, Mourão, Nazaré, Óbidos, Salvaterra de Magos, Santo Tirso, Trancoso, Trofa, Vagos, Viana do Alentejo, Vila Nova de Famalicão, Vila Nova de Gaia e Viseu.

Quais são as restrições?

Nos concelhos em risco elevado:

1 – mantém-se o teletrabalho obrigatório, quando as funções permitam

2 – restaurantes, cafés e pastelarias encerram às 22.30. Sendo que no interior é permitido o máximo de seis pessoas por grupo e 10 em esplanada.