Uma greve no metro do Porto afeta hoje a operação na generalidade da rede, circulando apenas algumas composições na linha de Gaia e no troço comum Dragão-Senhora da Hora, segundo o Sindicato dos Maquinistas (SMAQ).

Depois deste período de greve de 24 horas, a circulação retoma a normalidade na quinta-feira, voltando os maquinistas à paralisação durante todo o dia de sexta-feira.

De acordo com o dirigente do SMAQ Helder Silva, a operação está hoje limitada a algumas composições no chamado “tronco comum”, envolvendo todas as linhas entre Senhora da Hora e Dragão, e na Linha Amarela (conhecida como linha de Gaia), que liga Santo Ovídeo ao Hospital de São João.

“Estão alguns veículos a circular, mas são conduzidos por pessoal contratado [a prazo]”, assegurou a fonte à agência Lusa.

Helder Silva resumiu que as reivindicações assumidas pelo SMAQ são de duas ordens de razões: diminuição da carga horária, “reduzindo a penosidade dos serviços”, e melhores remunerações.

Sem adiantar a proposta concreta levada à mesa negocial, o dirigente do SMAQ disse que na última reunião a operadora do metro fez propostas, logo rejeitadas, “de aumentos em quatro anos que dava três euros”.

No pré-aviso de greve, o SMAQ comunicou que a greve visa o “desbloqueio da negociação de um acordo de empresa (…) para além das cláusulas já acordadas”.

O sindicato indicou ainda não ter proposto serviços mínimos por “entender haver alternativas suficientes nos transportes coletivos na área geográfica abrangida pelo serviço da Metro do Porto”, lê-se ainda.

A operação e manutenção do metro do Porto é efetuada, em subconcessão, pela empresa ViaPorto, do grupo Barraqueiro, à qual a agência Lusa pediu esclarecimentos, não fornecidos em tempo útil.https://d2df4a879a75e8163cf0f6e2314e3a13.safeframe.googlesyndication.com/safeframe/1-0-38/html/container.html

O mesmo sucedeu com a empresa Metro do Porto, SA, que já se tinha pronunciado sobre a greve de hoje e de sexta-feira, lamentando que o SMAQ e a subconcessionária para a operação e manutenção do sistema “não tenham conseguido alcançar um acordo que permitisse evitar a greve o consequente incómodo para os milhares de clientes do metro”.

Em comunicado, na sua página da Internet, a empresa afirmou aguardar com “expectativa que ambas as partes possam alcançar um entendimento que leve a que não haja nova greve no dia 30 de julho [sexta-feira]”.