Esperava-se, mais cedo do que tarde, esta despedida. Mas, provavelmente, nunca desta forma. Não com Messi a sair do Barcelona ainda como um dos melhores do planeta, ainda influente e craque, como sempre foi. Talvez quando pendurasse as botas, talvez quando fosse, como é a ideia, para os EUA. Mas nunca assim. Aconteceu
Lionel Messi quebrou este domingo o silêncio, depois de o Barcelona ter confimado a saída do jogador após 21 anos no clube.
“É muito difícil para mim passados tantos anos. Estive aqui a minha vida toda, não estou preparado para isto”, disse Messi, visivelmente emocionado.
“Estou muito agradecido por tudo, aos meus colegas de equipa, ao clube que esteve sempre ao meu lado”, afirmou o argentino. “Nunca imaginei dizer adeus”, acrescentou.
O jogador sublinhou que havia muita coisa que gostaria de dizer, mas que não conseguia nada devido à emoção. “A verdade é que não me saía nada, estava bloqueado. É muito difícil, depois de tantos anos, de estar toda a minha vida cá, não estava preparado. No ano passado sim, estava convencido que ia sair, mas este ano não”, admitiu. “Estava convencido que íamos continuar em nossa casa, era o que queríamos. Queríamos estar na nossa casa, a desfrutar da nossa vida em Barcelona, tanto no plano desportivo como no quotidiano. Hoje tenho de me despedir. Foram muitos anos. Cheguei cá ainda criança. Depois de 21 anos, vou-me embora com a minha mulher e com três catalães argentinos… Não posso estar mais orgulhoso de tudo o que fiz e do que vivi nesta cidade. Depois de uns anos fora, vamos voltar. Prometi isso aos meus filhos. Só tenho de agradecer a todos o que vivi. Cresci com os valores do clube e vou tentei manter-me humilde. Obrigado”, afirmou ainda.
Questionado sobre a sua mudança para outro clube, nomeadamente para o Paris Saint-Germain, Messi respondeu: “O PSG é uma possibilidade. Neste momento não tenho nada acertado com ninguém. Quando saiu o comunicado tive muitas chamadas, vários clubes interessados. Mas ainda não há nada fechado, mas sim, estamos a falar”, admitiu.
Por fim, acerca de um Barcelona pós-Messi, o jogador menteve-se humilede e desdramatizou a questão: “Vão continuar a chegar mais jogadores. Os jogadores passam. Como disse Laporta, o clube será sempre mais importante do que qualquer pessoa. No princípio será estranho, mas as pessoas irão habituar-se. Vieram grandes jogadores, há um grande plantel e tudo irá ficar bem”.