Casos vão ser investigados a partir das denúncias escritas pelo árbitro no relatório da partida.
A Federação Portuguesa de Futebol anunciou nesta terça-feira que instaurou um processo de inquérito para averiguar os vários casos de agressão respetivos ao Clássico entre FC Porto e Sporting. A investigação parte do relatório escrito pelo árbitro João Pinheiro.
O ‘arremesso de uma garrafa de água e de um isqueiro’ por parte de um apanha-bolas, bem como o ‘arremesso de um objeto metálico em forma de projétil’ são os primeiros casos a serem enumerados pela entidade.
Seguem-se o ‘comportamento dos assistentes de recinto desportivo’, o ‘comportamento de elementos da equipa de ativações publicitárias do FC Porto’, que terão arremessado uma garrafa de água e dado um soco a Matheus Reis e a “factualidade relatada após a conferência de imprensa entre Frederico Varandas, Vítor Baía e Rui Cerqueira”, que dava conta de uma agressão física e verbal ao presidente dos leões.
A LISTA DOS VISADOS E DOS RESPETIVOS CASTIGOS:
- Marchesín (FC Porto): dois jogos de suspensão e sanção de multa de 1.020 euros por “conduta violenta: Pontapeou um adversário”;
- Palhinha (Sporting): três jogos de suspensão e sanção de multa de 1.530 euros por “conduta violenta: Agrediu um adversário com uma estalada”;
- Coates (Sporting): um jogo de suspensão e sanção de multa de 153 euros por “receber uma segunda advertência no decurso do mesmo jogo: Agarrou um adversário anulando um ataque prometedor”;
- Treinador-Adjunto Carlos Fernandes (Sporting): um jogo de suspensão e sanção de multa de 2.040 euros por “entrar no terreno de jogo para interferir com o jogo”.
- FC Porto – Futebol SAD sanção de multa 11.475 euros por permitir a “entrada e deflagração de material pirotécnico”;
- FC Porto – Futebol SAD sanção de multa 5.100 euros por “utilização irregular de aparelhagem sonora”;
- Sporting – Futebol SAD sanção de multa 5.740 euros por “deflagração de material pirotécnico”.
Destaque também para processo disciplinar para os delegados Luís Gonçalves e Hugo Viana e suspensão de 20 dias. Salienta o Conselho de Disciplina da FPF que ambos têm “antecedentes disciplinares por condutas semelhantes”, pelo que “determinou-se a suspensão preventiva não automática de ambos (…) pelo prazo de 20 dias, (…) não só por existirem exigências de prevenção especial relacionadas com a necessidade de prevenir comportamentos semelhantes por parte dos agentes desportivos mas também para evitar um prejuízo grave para o prestígio da organização desportiva”.
Já Pepe e Tabata estão suspensos preventivamente. “Não obstante a instauração do processo disciplinar, atendendo ao facto de ambos os jogadores [Pepe e Tabata] terem sido expulsos com exibição de cartão vermelho, encontram-se suspensos de forma preventiva automática, (…), pelo período de dois jogos oficiais (período máximo previsto regulamentarmente)”, lê-se no comunicado.
Destaque ainda para Matheus Reis (Sporting) que foi alvo de “instauração de processo disciplinar por gesto incorreto executado no decorrer do jogo” e que, diz o Conselho de Disciplina, apesar de ter sido “amplamente divulgado na comunicação social (…) não foi relatado em relatórios oficiais“.
COLETES AZUIS ALVO DE PROCESSO DE INQUÉRITO
O Conselho de Disciplina menciona ainda a instauração de processos de inquérito a um leque variado de situações, entre as quais a atuação dos (agora famosos) coletes azuis.
Da lista fazem parte o “arremesso de garrafa de água e isqueiro por apanha-bolas”; o “arremesso de objeto metálico, em forma de projétil“; comportamento de ARD´s (Assistentes de Recinto Desportivo); comportamento de elementos da equipa de ativações publicitárias da Futebol Clube do Porto – Futebol SAD”; e a “factualidade relatada após a conferência de imprensa” entre Frederico Varandas, Vitor Baía e Rui Cerqueira.