Portugal e Macedónia do Norte defrontam-se, nesta terça-feira, no Estádio do Dragão, a partir das 19h45, na final do playoff de acesso ao Mundial do Qatar.

A seleção nacional chega a esta fase após derrubar a Turquia, na meia-final, já os macedónios levaram a melhor sobre o campeão europeu em título, a Itália.

Fernando Santos e Cristiano Ronaldo fizeram, nesta segunda-feira, a antevisão ao duelo decisivo de Portugal. Confira abaixo as declarações de ambos:

Cristiano Ronaldo

Confiança para o jogo contra a Macedónia: A equipa está bastante confiante. Todos queríamos disputar esta final e estamos muito motivados.

Última presença num Mundial? Vocês andam com a mania de me fazer a mesma pergunta. Quem vai decidir o meu futuro sou eu. Se me apetecer jogar mais, eu jogo. Se não me apetecer jogar mais, não jogo. Quem vai decidir sou eu.

Jogo da vida da Macedónia: Para nós também é o jogo da vida. Sabemos da importância deste encontro. E queria agradecer desde já a demonstração de apelo incondicional que o público teve na passada quinta-feira e espero que amanhã [terça-feira] seja igual ou maior, e que esse apoio comece logo desde o momento do hino. Eu ontem fui para a cama a pensar nisto: ‘Gostava que no estádio começasse a tocar a música do hino nacional e depois parasse. E a partir daqui fossemos nós todos a cantar o resto do hino, sem música, para assim ver a força de todos nós’. Espero que possamos fazer isto. Se os portugueses tiverem connosco como tiveram na quinta-feira acredito que vamos ganhar.

Fernando Santos

O que espera da Macedónia do Norte: O último jogo da Macedónia pode deixar uma marca que não é a verdadeira. É preciso analisar outros jogos, como por exemplo o que fizeram com a Alemanha em que na primeira parte eles não deixaram jogar os alemães. Eles têm jogadores de qualidade e que têm boa qualidade, como o Elmas. Dizem que para eles é o jogo das suas vidas, de vida ou de morte, mas para nós também é. Precisaremos de ter bastante intensidade e criatividade para estar no Qatar. Mas acredito que vamos lá ter.

Maior pressão por a Macedónia ter afastado a Itália? A pressão que temos de ter é a de estar no Qatar. Falamos muito em nomes, mas eles ganharam à Alemanha. Se eles não tivessem ganho lá, não estariam a disputar este playoff. E agora estão na final, após ter eliminado a Itália. Não temos de ter medo da Macedónia, mas temos de ter uma entrega ao jogo para o poder ganhar.

Feliz por ter este adversário na final? Eu não estou contente, nem deixo de estar contente. Fico feliz por ter ganho à Turquia e agora só quero ganhar para estar no Mundial do Qatar.

Que ajustes táticos implica este rival? Ontem falámos essencialmente no processo defensivo e nas dinâmicas ofensivas que devíamos ter. Hoje iremos focar-nos no processo ofensivos deles e o que devemos fazer durante as nossas perdas de bola.

Apoio dos adeptos e com que mentalidade devemos partir para este duelo: O que contamos é com o apoio incondicional dos 11 milhões de portugueses. 11 milhões a acreditar, uns aqui presentes e outros em diferentes locais. E esse apoio ainda nos vai dar muita força. Nunca devemos partir para este encontro com o cenário de que eles são mais fracos, devemos sim partir para este encontro com a ideia de que eles eliminaram a Itália.

Menos sofrimento na parte final do que com a Turquia: Não tenho dotes de adivinho, nem posso calcular o que vai suceder. Às vezes, as coisas sucedem de uma forma que não estamos à espera. Lá dentro, são os jogadores que vão assumir as decisões. E eles acabam por assumir quase o papel de treinador. Estou convicto que amanhã vamos ganhar. Quero ganhar com mais ou menos sofrimento, com menos, se possível, até porque já tenho alguma idade e já não tenho coração para estas coisas.