Os três adeptos do V. Guimarães publicaram esta terça-feira, no jornal “Desportivo de Guimarães”, o pedido de desculpas público a que foram condenados no âmbito do caso de racismo em torno de Marega, num encontro entre o clube minhoto e o FC Porto, em 2019/20.
“Pelo comportamento assumido”, os três arguidos “pretendem apresentar um pedido público de desculpas ao visado Moussa Marega e a quem se possa sentir ofendido com tal comportamento, designadamente ao assistente Vitória Sport Clube”, pode ler-se.
Em outubro de 2021, recorde-se, o Tribunal de Guimarães decretou a suspensão provisória do processo envolvendo todos os arguidos do caso. A suspensão provisória de um processo é uma solução para crimes tidos como de menor gravidade. Neste caso, o arguido em causa livra-se da acusação mediante condições propostas pelo Ministério Público e que o juiz de instrução criminal tem de aceitar. Nesta situação em particular, os três arguidos ficaram obrigados a entregar ao Estado, no espaço de três meses, mil euros. Mas há mais: durante um ano não podem aceder a recintos desportivos, terão de se apresentar na polícia em jogos do V. Guimarães e tinham de pedir desculpa não só a Marega como ao clube minhoto, o que sucedeu agora.
O jogo em causa, entre vitorianos e FC Porto, ocorreu no dia 16 de fevereiro de 2020. Por volta dos 70 minutos, pouco depois de ter marcado o golo da vitória azul e branca, Marega, que já alinhou nos vimaranenses, pediu para ser substituído e acabou mesmo por abandonar o relvado, agastado com cânticos de natureza racista que lhe estavam a ser dirigidos por adeptos do V. Guimarães, com sons a imitar macacos.